Petrobras anuncia nova venda de ativos e convoca assembleia; 3ª prévia do Ibovespa e mais 8 notícias

Confira os principais destaques corporativos desta quinta-feira (29)

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta quinta-feira, último pregão da Bolsa de Valores de 2016, tem como destaque as vendas de ativos anunciadas pela Petrobras, o rumor de que a Brasil Pharma, terceira maior empresa de varejo farmacêutico do país, desistiu das negociações para venda da rede de drogarias Big Ben para o conglomerado industrial Ultrapar e a 3ª prévia do Ibovespa. 

Confira abaixo o que é destaque nesta quinta-feira:

Petrobras (PETR3; PETR4)
O conselho de administração da Petrobras aprovou na quarta-feira (28) a venda do Complexo Petroquímico de Suape, em Pernambuco, e também uma fatia de 45,9% que a Petrobras Biocombustível detinha em Guarani. O complexo será vendido por US$ 385 milhões e a participação em Guarani, por US$ 202 milhões, totalizando US$ 587 milhões nas duas operações.

O complexo petroquímico será adquirido pela mexicana Alpex, do setor petroquímico e com atuação na produção de fibras têxteis. Já a participação da Petrobras Biocombustível em Guarani vai para as mãos da Tereos Internacional, que já detinha 54,1% do negócio. As informações foram confirmadas esta noite pela estatal por meio de fatos relevantes enviados à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). 

Com as operações anunciadas na véspera, a Petrobras alcança 90% da sua meta de desinvestimentos para o biênio de 2015 e 2016, que é de US$ 15,1 bilhões. Segundo a estatal, o não atingimento é explicado pela obrigação da Petrobras em cumprir decisão liminar da Justiça de Sergipe, impedindo a conclusão das negociações dos campos de Tartaruga Verde e Baúna, localizados, respectivamente, na Bacia de Campos e na Bacia de Santos, para as quais a estatal já estava em estágio avançado de negociação. Pelo não conclusão da meta, a estatal informou irá acrescer o montante faltante para o biênio de 2017 e 2018, totalizando o valor de US$ 21 bilhões.   

A Petrobras ainda informou nesta quinta-feira que concluiu a venda de 100 por cento das ações da refinaria Nansei Sekiyu para a Taiyo Oil Company, com o pagamento de 165 milhões de dólares realizado na quarta-feira. A estatal afirmou que o valor ainda está sujeito a ajustes finais. Em 17 de outubro, a Petrobras havia informado que o seu Conselho de Administração havia aprovado a venda da unidade, localizada na ilha de Okinawa, no Japão, por 129,285 milhões de dólares.

Continua depois da publicidade

A petroleira ainda convocou acionistas para AGE (Assembleia Geral Extraordinária) em 31 de janeiro. A assembleia vai discutir a proposta de aprovação de venda da participação na Liquigás Distribuidora à Ultragaz por R$ 2,67 bilhões e também a proposta de aprovação de venda da PetroquímicaSuape e da CITEPE.

 Por fim, o Banco Safra está processando a AG Internacional e a construtora Andrade Gutierrez sob a acusação de que enganaram os investidores ao não revelarem sua participação no escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras. Em 2013, o Banco Safra investiu US$ 500 milhões em notas emitidas pela AG Internacional, de acordo com o processo em um tribunal federal de Nova York. Caso é Banco Safra SA x Andrade Gutierrez International SA, Tribunal Distrital dos EUA, Distrito Sul de Nova Iorque (Manhattan). 

Eletrobras (ELET3)
A BM&FBovespa divulgou a terceira prévia da carteira do Ibovespa que irá vigorar entre janeiro e abril de 2017. Foi confirmada a entrada das ações ordinárias da Eletrobras. 

Continua depois da publicidade

Unicasa (UCAS3)
A Alaska Investimentos, do “bilionário anônimo” Luiz Alves Paes de Barros, informou à BM&FBovespa que reduziu a participação acionária para 9,29% das ações ON da Unicasa, administrando um total de 6,1379 milhões de ações. 

“A gestora declara não possuir outros valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos referenciados em tais ações, sejam de liquidação física ou financeira, ou qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da Companhia. A redução da participação acionária dos Fundos tem por objetivo a mera realização de operações financeiras; não objetiva alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da Companhia; e, por fim os Fundos não têm o objetivo de atingir qualquer participação acionária em particular. Finalmente, a Gestora declara que a participação ora reportada se refere tão somente aos Fundos por ela geridos”, afirma o comunicado.

Restoque (LLIS3)
A Restoque informou que o investidor Marcelo Faria de Lima atingiu uma fatia de 78,9 milhões de ações ordinárias. “A participação acionária tem objetivo de investimento de longo prazo para obtenção de retorno financeiro e não tem objetivo de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa”, informa o comunicado. 

Continua depois da publicidade

Cielo (CIEL3)
O conselho de administração da Cielo aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio de R$ 247,8 milhões, ou R$ 0,109 por ação. Os proventos são referentes ao 2º semestre de 2016, em adição à distribuição do dia 30 de setembro de 2016, referente ao 1º semestre de 2016. Segundo a empresa, o pagamento ocorrerá no dia 31 de março de 2017, com base na posição acionária do dia 3 de janeiro. 

Itaú Unibanco (ITUB4)
O Itaú Unibanco concluiu na quarta-feira a compra do restante da participação que ainda não detinha na parceria em crédito consignado com o banco BMG por R$ 1,46 bilhão, em estratégia para atuar com ativos de menor risco e rentabilidade atraente.

O maior banco privado do país comprou fatia adicional de 40% no Itaú BMG Consignado, passando a deter a totalidade do capital da parceria. O acordo para a compra da participação restante tinha sido anunciado no final de setembro.
Segundo os dados apresentados pelo banco, entre o final de agosto e o fim de novembro a carteira da parceria passou de R$ 29 bilhões para R$ 28,1 bilhões. 

Brasil Pharma (BPHA3)
A Brasil Pharma, terceira maior empresa de varejo farmacêutico do país, desistiu das negociações para venda da rede de drogarias Big Ben para o conglomerado industrial Ultrapar, disseram duas fontes com conhecimento do assunto à Reuters.

Continua depois da publicidade

A Extrafarma, braço de farmácias da Ultrapar, ofereceu um valor muito menor que os R$ 750 milhões pretendidos pela Brasil Pharma, disseram as fontes. A Big Ben, com sede em Belém do Pará, tem 264 lojas no Norte e Nordeste do país e é a maior rede de farmácias controlada pela Brasil Pharma.

Criada como um veículo para consolidar compras de redes de drogarias regionais, a Brasil Pharma teve problemas de integração, passou por disputas entre acionistas e enfrenta problemas de dívida elevada e competição crescente. A empresa é controlada pelo braço de participações do grupo financeiro BTG Pactual e seus clientes.

A Brasil Pharma agora está buscando outras alternativas para a Big Ben, disseram as fontes.

Continua depois da publicidade

MRV Engenharia (MRVE3)
A MRV Engenharia aprovou aumento de capital social no valor de R$ 130,09 milhões na sua controlada LOG Commercial Properties e Participações. O montante equivale a 14.918.594 ações ordinárias a serem integralizadas em até 30 dias contados da assembleia geral extraordinária da LOG, realizada em 22 de dezembro. Após o aporte, a MRV passará a deter 39,87% do capital da LOG, segundo fato relevante divulgado ao mercado.  

PetroRio (PRIO3)
A PetroRio anunciou por meio de fato relevante que todas as Global Depositary Shares (GDS) emitidas e em circulação na TSX Venture Exchange (TSXV) serão deslistadas após o encerramento da sessão de negociação do dia 27 de janeiro de 2017. A deslistagem ocorrerá em conjunto com o término do acordo de depósito entre os detentores de GDS, Deutsche Bank e a companhia.

Springer (SPRI3)
A fabricante de aparelhos de ar condicionado Springer informou que vai vender sua participação na Nova Nordeplast por R$ 14,3 milhões. A Springer detém cerca de 70,35% da companhia. Do valor do negócio, R$ 8,9 milhões serão desembolsados imediatamente e R$ 5,39 serão pagos em duas parcelas anuais corrigidas pela cotação do dólar.