Especialistas estrangeiros cravam: este é o início da reviravolta do Brasil

Analistas de diversas instituições internacionais estão bastante otimistas com os mercados emergentes, principalmente com o Brasil

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A confiança do investidor estrangeiro está voltando, e segundo matéria da CNBC publicada nesta quinta-feira (18), diversos especialistas estão afirmando que este é o início de uma reviravolta para o nosso mercado. E os números mostram que realmente o Brasil está entre os melhores lugares para se investir no momento.

Dados do Morgan Stanley mostram que os preços dos bons corporativos brasileiros subiram 4% sobre o mês passado e superaram quase todos os outros títulos de dívida corporativa de mercados emergentes, enquanto o preço dos títulos do governo brasileiro subiram 13%.

“Para nós, boa parte do desempenho deste ano veio da redução do risco do Brasil”, disse Steve Cook, co-chefe de mercados emergentes de renda fixa na PineBridge Investments, para o programa Cozinhe Squawk Box da CNBC. “O sell-off brasileiro no ano passado foi exagerado. Ainda assim, eles são um desafio, mas nós pensamos que o Brasil está em uma posição muito melhor agora. Nós acreditamos que é mais uma reviravolta: há reformas vindo por aí”.

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O UBS destaca que o crescimento econômico nos dois primeiros trimestres melhorou nos mercados emergentes, sendo que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil apresenta melhora decente. “Ações de mercados emergentes estão agora um pouco menos de 12% de alta no ano, em comparação com 3,4% para os mercados desenvolvidos. Só o Brasil tem contribuído para pouco mais de um terço do rali no ano”, disseram os estrategistas Bhanu Baweja e Manik Narain, do UBS, em relatório publicado na semana passada.

No entanto, ainda existem algumas preocupações sobre a economia brasileira, especialmente a relação do crescimento com a necessidade de exportações. “A dificuldade em confiar no crescimento das exportações para o Brasil é que ela depende da economia ser relativamente competitiva internacionalmente”, disse Ayesha Akbar, gerente da Fidelity International para a CNBC.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.