JBS cai 4% com suspeita do TCU e ação afunda 12% e vai para mínima, após grupamento

Confira os principais destaques da Bolsa nesta quinta-feira (26)

Paula Barra

(Divulgação JBS Friboi)
(Divulgação JBS Friboi)

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11h18: BR Properties (BRPR3, R$ 10,71, +1,04%)
As ações da BR Properties têm 1ª alta em 10 dias após venda de ativos. A companhia de investimentos em imóveis comerciais BR Properties informou que concluiu a venda à BRE Ponte Participações de cinco ativos imobiliários pelo valor bruto de R$ 694 milhões. 

A venda inclui dois galpões industriais em Atibaia (SP) e Jarinu (SP), um imóvel de varejo e um escritório comercial na cidade de São Paulo e um galpão industrial em Vinhedo (SP), disse a empresa em fato relevante divulgado na noite de quarta-feira. A venda de outros imóveis inclusos no contrato, com valor bruto de R$ 371 milhões, “está sujeita à implementação de determinadas condições e será realizada oportunamente”, segundo a BR Properties.

11h15: Gol (GOLL4, R$ 3,48, -0,57%)
As ações da Gol têm 3ª queda em 4 dias, figurando perto da mínima histórica na Bolsa, após recuo na taxa de ocupação. A companhia informou que a demanda por voos domésticos da empresa caiu a um ritmo maior que o corte de oferta promovido pela empresa no período, em meio a retração da economia, que atingiu também o segmento internacional. Enquanto a oferta doméstica da Gol recuou 5,1% em outubro sobre o mesmo período do ano passado, a demanda caiu 9%, o que levou a taxa de ocupação a recuar 3,3 pontos percentuais, a 76,1%.

Segundo a empresa, o corte na oferta em outubro ficou em linha com a previsão de redução nos assentos disponíveis nos voos domésticos da empresa para o quarto trimestre, da ordem de 5% a 7%.

11h03: Reação a grupamentos
Duas empresas realizaram grupamentos de 50 ações para uma nesta sessão. Embora uma caía com mais intensidade, o movimento das duas é igual: queda. A small cap Brasil Pharma (BPHA3, R$ 15,37, -12,17%), que tem o BTG como maior acionista, desaba 12% nesta sessão e renova mínima histórica na Bolsa, enquanto a Tereos (TERI3, R$ 27,83, -2,35%) recua cerca de 2%. 

10h30: JBS (JBSS3, R$ 13,23, -3,71%)
As ações da JBS registram queda na sessão de hoje e vão para o menor patamar desde 18 de março (quando fecharam a R$ 13,16), após a notícia de que uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), divulgada na quarta-feira, revelou indícios de “tratamento privilegiado” por parte do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao grupo – dono de marcas como a Friboi –, em empréstimos e outras operações financeiras. 

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De forma preliminar, o TCU estima que uma única operação tenha gerado um prejuízo de R$ 614 milhões ao banco, em valores de 2008. O pedido para que a auditoria fosse realizada partiu da Câmara dos Deputados.

A JBS informou que todos os dados sobre as transações da companhia com o BNDES, assim como com outras instituições e empresas, são públicos e estão disponíveis no site de Relações com Investidores da empresa e na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), disse a empresa em resposta por e-mail à Bloomberg. “Toda a relação com o BNDES foi feita de forma clara e transparente”, comentou.

Já o BNDES disse, por meio de sua assessoria de imprensa, estar “tranquilo quanto à regularidade das operações” com o grupo JBS. O BNDES disse “considerar o fato de o trabalho do TCU não ser conclusivo, uma vez que a auditoria levantou indícios”. 

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10h20: Petrobras (PETR3, R$ 9,87, +2,17%; PETR4, R$ 8,01, +1,39%)
As ações da Petrobras tentam se recuperar após despencarem 7,5% na véspera com a queda do preço do petróleo ontem e os desdobramentos da Lava Jato. O senador Delcídio do Amaral e o banqueiro André Esteves foram presos na manhã de quarta-feira por suspeita de obstruírem a operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção que envolve a Petrobras. De acordo com profissionais do mercado de renda variável, tais eventos afetam a confiança no mercado pois envolvem pessoas relevantes nas cenas política e financeira, assustando inclusive investidores estrangeiros, que vinham sustentando ganhos recentes do Ibovespa apesar dos fundamentos negativos para as ações.

10h10: Bancos
Os bancos também ensaiam uma recuperação após caírem cerca de 4% ontem, mas ainda estão longe de recuperar a queda da véspera. Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 28,11, +0,72%), Bradesco (BBDC4, R$ 22,10, +0,96%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 17,59, +1,09%) registram ganhos neste pregão.

10h06: BTG Pactual (BBTG11, R$ 23,70, -3,03%)
Após despencarem 21% na véspera na sequência da prisão do seu presidente, o BTG segue em baixa na sessão de hoje, mas bem menos expressiva. Ontem, após o fechamento da Bolsa, o BTG anunciou um programa de recompra de até 23 milhões de units e vai tentar pleitear aval regulatório para poder comprar um volume de units superior ao limite previsto de 10%. O prazo da operação é de até 18 meses. 

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Embora não dê para saber se a instituição já iniciou o programa, somente ontem o BTG intermediou a compra de 10,4 milhões de units do banco na Bovespa, representando 45% das compras naquela sessão. Um volume que levou o banco a liderar as negociações com a ação, encerrando o dia com saldo líquido comprador 5,8 milhões de units. Depois de chegarem a cair quase 40% no pregão da véspera, as units do BTG encerraram em baixa de 21%.    

Em reflexo à saída de Esteves, a agência de classificação de risco Moody’s colocou em revisão para rebaixamento o perfil de risco de crédito individual (BCA, na sigla em inglês) do BTG Pactual (BBTG11), “baa3”, e seus ratings.

Segundo operadores de mercado, muitos investidores têm buscado aluguel dessas ações no BTC, mas não há mais oferta. “Bastante demanda e nenhuma oferta”, comentaram. Ontem, foram vistos alguns “recalls” com as units do BTG, isto é, quando o “doador” da ação pede ela de volta ao “tomador”, fazendo com que ele se desfaça da operação e, consequentemente, puxando uma alta dos preços. O movimento ocorreu após notícias sobre a prisão do presidente do banco.

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O mercado de BTC é usado por investidor que quer operar vendido em uma determinada ação – isto é, esperando sua queda. Nesse caso, ele precisa primeiramente alugar a ação para, posteriormente, poder vendê-la no mercado. Caso o papel corresponda às expectativas e caía, ele recompra essa ação na Bolsa e assim obtém o lucro na operação. 

10h04: Siderúrgicas
As ações das siderúrgicas têm um novo dia de alta hoje, com destaque para a CSN (CSNA3, R$ 6,34, +4,10%) e Usiminas (USIM5, R$ 2,66, +2,70%). A expectativa é grande em relação a uma decisão do governo sobre o aumento da alíquota do imposto de importação sobre aço – o que puxou fortemente as ações das siderúrgicas na semana passada.

O governo decidiu criar um grupo de trabalho para discutir a situação de toda a cadeia produtiva do setor e o impacto que teria para produtores e consumidores a elevação do tributo. A decisão foi tomada em reunião entre a presidente Dilma, os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, do Desenvolvimento, Armando Monteiro, e o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Mendes, que representa os produtores.