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SÃO PAULO – A agenda corporativa inicia movimentada nesta segunda-feira, com a Petrobras (PETR3; PETR4) novamente entre os destaques. Segundo a coluna Radar, da Veja, o presidente da estatal, Aldemir Bendine, pretende renegociar a maior parte dos R$ 40 bilhões do passivo tributário da Petrobras em um prazo de dois anos.
Além disso, a estatal informou que sua produção total de petróleo e gás natural no Brasil em junho foi de 2,553 milhões de barris de óleo equivalente por dia, queda de 0,1% na comparação com o mês anterior. A produção exclusiva de petróleo da Petrobras no país foi de 2,88 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), 1,1% menor do que em maio. “Essa redução deveu-se, principalmente, à maior quantidade de paradas programadas para manutenção de plataformas no mês de junho”, afirmou a companhia em comunicado.
Cemig (CMIG4)
A Cemig vive um período de incertezas após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinar que a estatal mineira não tem direito a renovar a concessão de importantes ativos na área de geração. Sem as hidrelétricas de Jaguara, São Simão e Miranda, que juntas correspondem a aproximadamente um terço de sua capacidade instalada de geração, a Cemig precisará definir quais serão seus próximos passos. E essa escolha, segundo analistas ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, deve ter uma forte influência política.
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Considerada a principal alternativa para que a Cemig consiga manter o controle dos ativos, a articulação política, contudo, alimenta incertezas e afasta investidores da estatal mineira. Desde quarta-feira, 1, quando o STJ concluiu o julgamento sobre a intenção da Cemig em garantir a renovação da concessão de Jaguara, as ações preferenciais já se desvalorizaram 12%. O desempenho dos papéis mostra que os investidores não consideram, neste momento, que a Cemig terá êxito. Enquanto isso, os advogados da companhia se preparam para questionar a decisão do STJ e cogitam, inclusive, conduzir uma discussão jurídica no STF, a qual não deve ser concluída em um prazo inferior a um ou dois anos.
Mais informações em: Com derrota no STJ, Cemig terá futuro determinado por articulação política
Siderúrgicas
O setor siderúrgico brasileiro está vivendo neste momento uma de suas piores crises, disse na abertura do 26º Congresso do Aço neste domingo, 12, o presidente do Conselho diretor do Instituto Aço Brasil (IABr) e presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Mario Baptista. “Questões conjunturais e estruturais levaram a indústria a essa situação, que ficou mais evidente nesse ano, de grandes dificuldades para o País, com projeção de queda do PIB de cerca de 2% para este ano”, disse.
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Baptista destacou que em 2008 o setor siderúrgico mundial também atravessou uma crise, mas naquele momento a China funcionou como uma “âncora de salvação” foi o crescimento da China, que absorveu, segundo ele, grande parte da produção mundial de matérias-primas, por exemplo. “No entanto, rapidamente esse país aumentou sua capacidade de produção industrial e inverteu sua posição de importador líquido para exportador líquido. No Brasil, passamos pelo processo inverso”, disse. Por aqui, lembrou, houve um crescimento das importações diretas e indiretas de aço.
CSN
No setor siderúrgico, dívidas levaram a CSN (CSNA3) a buscar bancos para vender ativos, segundo reportagem de O Estado de S. Paulo. A ideia é se desfazer de negócios considerados não estratégicos. De acordo com o jornal, não está descartada a entrada de sócios em divisões importantes, como mineração, por exemplo, e a venda de ativos de siderurgia no exterior. A dívida bruta da CSN atingiu R$ 32 bilhões no primeiro trimestre deste ano e a tendência é aumentar já que o minério de ferro tem caído desde o ano passado.
A venda de fatia da companhia para a Usiminas é certa já que o grupo tem que cumprir determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A companhia poderá levantar cerca de R$ 1,5 bilhão com a venda, mas, segundo o jornal, o pacote de desinvestimentos da companhia pode somar R$ 5 bilhões.
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Banco do Brasil
A dívida pendurada pelo Tesouro Nacional no Banco do Brasil (BBAS3) cresceu 1.692% em dez anos, em termos nominais. Entre o fim de 2005 e o primeiro trimestre de 2015, o total devido pelo Tesouro ao BB saiu de R$ 919,6 milhões para os atuais R$ 16,4 bilhões. Apenas no governo Dilma Rousseff, que começou em janeiro de 2011, o avanço desse passivo foi de 182%.
Essa forma de “pedalada fiscal” já foi condenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que, em julgamento realizado em abril, decidiu que o governo federal deveria acertar todos os seus passivos com bancos públicos. Além do BB, o Tesouro também mantém dívidas com o BNDES. O governo entrou com um recurso no TCU, alegando que há prazos para esses pagamentos serem realizados.
São três modalidades de dívida do Tesouro inscritas nos balanços do BB, segundo o economista Ebenézer Nascimento, que fez levantamento com os balanços anuais do BB de 2005 ao início de 2014. O estudo foi atualizado pelo Estado com os dados de 2015. As modalidades são o “alongamento” do crédito rural, subsídios agrícolas e créditos a receber do Tesouro.
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Gol
A Gol (GOLL4) anunciou na sexta-feira acordos financeiros com a parceira norte-americana Delta Air Lines de até 446 milhões de dólares para reforçar a liquidez da companhia brasileira. Os acordos envolvem aumento de capital e empréstimo a ser captado no mercado.
Por um lado, o controlador da Gol, o fundo de investimentos Volluto, e a Delta vão injetar até 146 milhões de dólares na Gol via aumento de capital com emissão de novas ações preferenciais. De outro, a Delta vai garantir um empréstimo de até 300 milhões de dólares a ser contratado pela Gol ainda este ano, com a contragarantia sendo constituída na forma de ações da empresa de redes de fidelidade de clientes da Gol, a Smiles, atualmente em poder da companhia aérea brasileira.
Ser Educacional
A Ser Educacional (SEER3) aprovou a emissão de R$ 150 milhões em debêntures, cujo montante será usado em investimentos em projetos da companhia e o saldo remanescente para reforço de capital de giro. A data de emissão será 15 de julho, com vencimento no prazo de 5 anos. A debênture pagará DI mais 2,5% ao ano.
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BRF
A BRF (BRFS3) investirá R$ 1,1 bilhão para ampliar as operações nas unidades de frango e suíno em cinco municípios do Mato Grosso. O aporte, que corresponde a mais de 50% dos investimentos da companhia aprovados para o País, será realizado ao longo de três anos em Nova Mutum, Várzea Grande, Nova Marilândia, Lucas do Rio Verde e Campo Verde, segundo reportagem de O Estado de S. Paulo.
Arteris
A Arteris (ARTR3) reconvocou os debenturistas para votar waiver em 28 de julho
(Com Reuters e Agência Estado)
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