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SÃO PAULO – O noticiário seguiu movimentado na noite desta terça-feira. Nos destaques, passa a tramitar em regime de urgência o projeto que libera a Petrobras (PETR3; PETR4) da função de operadora única no pré-sal e desobriga a estatal da participação mínima de 30% dos blocos licitados (PLS 131/2015).
O requerimento de urgência foi aprovado pelo Plenário do Senado na terça-feira. O texto só deve ser votado após a realização de uma sessão temática marcada para o dia 30 de junho. Tanto o requerimento quanto o projeto são do senador José Serra (PSDB-SP). O assunto, polêmico, já havia sido tema de muita discussão entre os senadores na última semana.
Itaú Unibanco
O cenário econômico atual é “desafiador”, segundo o diretor de Relações com Investidores do Itaú (ITUB4), Marcelo Kopel. Diante das dificuldades, o banco aposta que a inadimplência marcará o ano de 2015, inclusive entre as grandes empresas. Apesar de prever que o restante do ano será melhor do que foi o primeiro trimestre, o Itaú mantém no radar o risco do “calote”. Para se precaver, aumentou a reserva com perdas duvidosas, o que deverá ter efeito direto sobre o spread do banco.
A avaliação de Kopel é que a inadimplência não é exclusividade de segmentos isolados da economia, como poderia ser o caso do setor de petróleo e gás natural, atingido pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. As dificuldades econômicas afetam diversos segmentos, de acordo com Kopel. Por isso, o Itaú continuará, nos próximos meses, revendo a classificação do risco dos seus grandes clientes, de diversas áreas, trabalho já iniciado no primeiro trimestre.
Copel
A Copel (CPLE6) comunicou nesta noite que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou hoje o reajuste tarifário da Copel Distribuição com efeito médio de 15,32% a ser percebido pelos consumidores cativos.
Segundo a companhia, o reajuste será aplicado integralmente a partir de 24 de junho deste ano.
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Eletrobras
O Grupo Eletrobras (ELET3; ELET6) está em vias de ter uma nova diretoria definida pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. O jornal “O Estado de S. Paulo” apurou que a atual direção da estatal tinha até abril para ser reconduzida pelo ministro, mas a recondução não saiu. Por conta disso, atualmente toda a diretoria do grupo tem trabalhado apoiada em prorrogação de mandato. Segundo uma fonte da Eletrobras, as sinalizações dadas até agora são de que Braga deverá trocar o comando e colocar indicados de sua confiança.
Há mais de quatro anos a Eletrobras é presidida por José da Costa Carvalho Neto, que já comandou a Cemig e passou por empresas privadas do setor elétrico. Na atual diretoria de geração está Valter Cardeal, amigo da presidente Dilma Rousseff e nome de peso na condução dos principais projetos hidrelétricos do País, como a construção da Hidrelétrica de Belo Monte e o projeto para a usina de São Luiz do Tapajós.
Eneva
A Eneva (ENEV3) informou que um credor não apoiou a postergação de dívidas de Parnaíba II vencidas em 15 de junho. Em comunicado, a empresa disse que continua em entendimentos com credores financeiros de Parnaíba II para equacionar a situação.
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Brasil Insurance
A Brasil Insurance (BRIN3) comunicou que Edgar Rafael Safdié e o fundo de investimentos Siwa, administrado pela Concórdia Corretora aumentaram sua participação para 15,44% das ações emitidas pela empresa, fatia que corresponde a 15.874.200 ações ordinárias.
Sweet Cosmetics (antiga All Ore)
Merece atenção dos investidores também notícias envolvendo três small caps. Amanhã a ex-mineradora All Ore, criada em 2008, concluirá seu processo de transformação na Bolsa. A empresa, fundada com foco em identificação e exploração de mineração como ouro e minério de ferro, anunciou em janeiro deste ano mudança para o ramo de cosméticos e produtos de beleza.
No final de março, a companhia confirmou a mudança de sua denominação social para All Ore Cosmetics, que foi alterado posteriormente para Sweet Cosmetics. Agora, a empresa alterará também seu ticker de negociação na Bovespa, que passará de AORE3 para SWET3.
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Tec Toy
Além disso, amanhã a Tec Toy (TOYB3; TOYB4) realizará grupamento com objetivo de finalmente “ressuscitar” a companhia na Bolsa, já que o baixo valor de face de suas ações impedem que elas tenham uma maior liquidez no mercado.
Vendo suas ações valerem 1 centavo na Bolsa há pelo menos 4 meses, a empresa convocou seus acionistas para uma assembleia no dia 17 de junho para realizar um grupamento colossal de suas ações, na razão de 1 milhão para 1. Ou seja, se a operação for aprovada, as ações sairão de R$ 0,01 e passarão a valer R$ 10,00 cada – isso porque as ações são negociadas com lote padrão de 10.000 papéis; tradicionalmente, esse lote padrão é de 100 ações.
Veja mais em: Tec Toy propõe grupamento de 1 milhão de ações em 1
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Maestro Frotas
Por fim, destaque para a nova empresa que será listada no Bovespa Mais a partir de amanhã, mesmo sem realizar uma oferta de ações em um primeiro momento. A Maestro Frotas, empresa de compra e locação de frotas de veículos para empresas, passará para a “vitrine” do mercado, antecipando uma possível abertura de capital de maior porte no futuro.
Segundo informações do Valor Econômico, a Maestro recebeu no ano passado mais de R$ 21,2 milhões em recursos de capitalização, trazidos pelo fundo de investimentos Stratus, depois de já ter sido selecionada por ele para receber R$ 55 milhões em 2011. O objetivo em 2014 foi ampliar a frota de 3 mil para 5 mil veículos em dois anos. As suas ações no Bovespa Mais serão listadas sob o código MSRO3.