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SÃO PAULO – O doleiro Alberto Yousseff afirmou a procuradores que investigam o esquema de corrupção na Petrobras (PETR3; PETR4) que Fernando Collor (PTB-AL), senador e ex-presidente da República, recebeu R$ 3 milhões em propina em contrato firmado entre uma rede de postos de combustíveis de São Paulo e a BR Distribuidora, uma subsidiária da estatal, informou nesta manhã a Folha de S. Paulo.
De acordo com Yousseff, a propina resultou de um contrato no valor de R$ 300 milhões em 2012. O negócio era para que a rede deixasse uma marca de combustíveis e passasse a integrar o grupo de revendedores da BR Distribuidora.
Em depoimento, ele falou que a operação com a BR Distribuidora foi intermediada por um emissário de Collor e do PTB, o empresário e consultor do setor de energia Pedro Paulo Leoni Ramos. Foi Ramos quem intermediou o suborno, segundo Yousseff. De acordo com ele, o dinheiro foi arrecadado nos postos em três parcelas de R$ 1 milhão, e depois repassados a Ramos.
Yousseff disse ainda, em outro depoimento, que, em maio de 2013, mandou entregar R$ 50 mil em dinheiro vivo no apartamento de Collor em São Paulo, informou a reportagem. O senador negou a acusação.