Dólar tem alta de 60% durante primeiro mandato de Dilma, sendo 13% em 2014

Nesta sexta, moeda sobe mais de 1,5% após o BC estender o programa diário de leilões de dólar, reduzindo a oferta pela metade

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Entre novembro e dezembro, após a reeleição de Dilma Rousseff (PT) e com as incertezas políticas e econômicas do País, o dólar comercial chegou a atingir seu maior valor em mais de nove anos, superando a casa de R$ 2,74. Para quem se assusta com essa escalada da moeda no fim de 2014, não imagina que se considerarmos os 4 anos do primeiro mandato de Dilma, os ganhos da divisa chegam a 60%.

Na última terça-feira (30), último pregão do ano, o dólar fechou com forte queda de 1,79%, a R$ 2,6590 na venda. Em dezembro de 2010, quando a presidente Dilma estava prestes a assumir, a moeda norte-americana estava em R$ 1,6660, ou seja, uma diferença de 59,54%. No valor atingido na terça, a divisa encerrou 2014 com alta de 12,78%.

Durante todos os quatro anos que Dilma esteve no poder até agora a moeda registrou alta. No primeiro ano da presidente, 2011, o dólar se valorizou 12,15%, enquanto no ano seguinte os ganhos foram de 9,61% – o menor crescimento destes quatro anos. Já em 2013, a alta da moeda ficou em 15,11%.

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Uma das grandes dúvidas do final do ano passado foi solucionada na última terça, quando o Banco Central confirmou que irá continuar com o programa de intervenção no mercado de câmbio até pelo menos 31 de março. Por outro lado, a autoridade reduziu pela metade a oferta diária de swaps cambiais.

“Haverá leilões de swap de segunda a sexta-feira, quando serão ofertados US$ 100 milhões por dia”, disse o BC, ressaltando que sempre que julgar necessário poderá realizar operações adicionais de venda de dólares através dos instrumentos ao seu alcance.

O BC tem intervindo diariamente no câmbio desde agosto de 2013, quando passou a oferecer diariamente 10 mil contratos de swaps cambiais e realizar leilões semanais de venda de dólares com compromisso de recompra, os chamados leilões de linha. Nesta sexta-feira, a moeda volta a subir, registrando ganhos de 1,74% às 12h (horário de Brasília), cotada a R$ 2,7038 na compra e R$ 2,7050 na venda.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.