Publicidade
SÃO PAULO – Diante dos impactos gerados pela crise financeira global, como a perspectiva de um menor crescimento econômico para o Brasil, o vice-presidente de rating soberano da agência de risco Moody’s, Mauro Leos, afirmou que a “há uma probabilidade mínima de alta” na classificação brasileira.
Segundo Leos, apesar de o Brasil ter um cenário relativamente melhor do que muitos outros países do mundo, uma piora das condições de liquidez por mais alguns meses pode até afetar a perspectiva para a nota do país, que atualmente é de “Ba1”, com perspectiva estável e um degrau abaixo do investment grade.
Vale lembrar que a Moody’s é a única das três grandes agências de classificação de risco que ainda não concedeu a classificação de grau de investimento para o Brasil, enquanto Standard & Poor’s e Fitch o fizeram na primeira metade deste ano.
Continua depois da publicidade
Bancos
A Moody’s enxerga com uma perspectiva negativa o sistema bancário como um todo, dado que a expectativa é de queda do ritmo de crescimento das operações de crédito, com algumas instituições menores chegando a reduzir suas operações.
Por outro lado, Ceres Lisboa, também da Moody’s, argumentou que foi um alívio ver que os grandes bancos nacionais não perderam tanto quanto era esperado com a exposição cambial.
“Ninguém sabia quanto era a exposição cambial. Claro que a maior parte é carregada pelos bancos estrangeiros. [No país], os bancos que tinham maior exposição eram esses quatros [Itaú, Bradesco, Unibanco e ABN Amro Real] e não era tão relevante quanto o mercado esperava. Já foi um grande alívio”, ressaltou.
Planilha
Resultados do 3º trimestre
Acesse gratuitamente a planilha secreta do InfoMoney para acompanhar a temporada de balanços. Clique no link abaixo para receber a sua por email.