Plano de Trading: Joe Ross recomenda disciplina para os que buscam sucesso

"Evite a todo custo tornar-se um zumbi sentado em frente a uma tela o dia inteiro, todos os dias", recomenda o famoso trader

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – “Evite a todo custo tornar-se um zumbi sentado em frente a uma tela o dia inteiro, todos os dias, esperando o próximo movimento do mercado confirmar que você estava certo”. A frase é de Joe Ross, um dos traders mais famosos do mundo, e parece descrever aquilo que, na opinião de muitos, traduziria muito bem o perfil de um operador de sucesso.

Para quem ainda tinha esta idéia, a dica de Ross cai bem. Evite este tipo de comportamento. Mais do que isso, o trader comenta as bases de uma postura mais consistente com operações vencedoras e, em linhas gerais, ressalta a importância de um plano de trading bem estruturado e da disciplina necessária para que suas diretrizes sejam sempre seguidas com rigor.

Estude

De acordo com Ross, com um plano de ataque nas mãos fica mais fácil lidar com a incerteza, “que é parte inerente do trading”. Mas, não se engane: estruturar um bom plano de trading requer tempo e organização. Na opinião de Ross, um plano deve incluir uma estratégia já testada, um método ou um sistema, o que possível adquirir através de cursos, livros e palestras, por exemplo.

Mas, a recomendação é de que aqueles sistemas mecânicos de trading sejam evitados por aqueles que ainda não compreendem exatamente do que se trata. Feito isso, é preciso escolher os mercados ou ativos que serão acompanhados. De acordo com Ross, “a diversificação é crucial para que alguns planos sejam bem sucedidos, mas não para todos”.

Observe

Em todo caso, na opinião do trader, diversificar pode diminuir substancialmente as perdas e, para tanto, é preciso evitar mercados altamente correlacionados. Mas, atenção, mercados diferentes apresentam tendências em momentos distintos, ou seja, é preciso levar a especificidade de cada ativo em questão.

É, então, chegada a hora de “seguir cada mercado consistentemente e observar as oportunidades que aparecem”. Mas, migrar de um mercado para outro desordenadamente leva a perda de oportunidades ou, pelo menos, à execução tardia do método definido. Mudar de estratégia no primeiro revés não é muito produtivo, mas isso não quer dizer que uma estratégia não carece de reavaliações e, eventualmente, ajustes.

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Do lado certo

Depois da teoria, a prática. É preciso mais do que observar o mercado, é preciso permanecer do lado correto, isto é, comprado quando a tendência é de alta, vendido quando é de baixa, e de fora quando o mercado estiver de lado. É claro que é possível embolsar ganhos operando na contramão, mas é mais difícil.

Com o plano pronto e o mercado avaliado, a palavra-chave é disciplina. Sem ela, os trades viram jogos de dados, isto é, têm “sucessos de curto prazo baseados na sorte e perdas no longo prazo com base no aleatório”, pondera Ross.

De saída

Depois de todo esse processo e já dentro da operação, uma questão de peso, talvez a maior delas, toma o centro das atenções: quando sair? Segundo Ross, é preciso ter alguma experiência e habilidade para sair das operações com lucro. Ross, por exemplo, trabalho de acordo com quatro critérios.

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Ele sai do mercado quando os preços se movem contra sua posição, quando os preços param de se movimentar a favor da sua posição por muito tempo, quando seu objetivo foi atingido ou quando não se sente mais confortável, caso em que encerra o trade qualquer que seja seu saldo.