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SÃO PAULO – Reagindo à notícia de que a Petroquisa, braço petroquímico da Petrobras, não exerceu sua opção de elevar a participação acionária na Braskem, as ações da líder na produção de resinas termoplásticas na América Latina operam em forte baixa na Bovespa nesta segunda-feira.
Cotados à R$ 15,64, os papéis preferenciais classe A da Braskem, que chegaram a recuar mais de 4,2% na mínima do dia, registram expressiva desvalorização de 2,97%. No ano, estas ações acumulam um desempenho negativo de 14,30%.
Fraca recomendação para as ações
Em linha com a visão dos analistas da corretora de valores Ágora Senior, que classificaram o não exercício da opção da Petroquisa como negativo para a Braskem, a equipe do banco de investimentos CSFB publicou novo relatório descrevendo um cenário bastante complicado para as operações da empresa.
Também avaliando a notícia e mais pessimista com o futuro da petroquímica, que opera em um contexto adverso, onde os maiores custos de produção e dificuldade em repassar preços estão pressionando as margens, os analistas do Merrill Lynch reduziram de neutra para venda a recomendação para as ações da Braskem.
A recomendação do CSFB para as ações preferenciais classe A da Braskem é neutra, enquanto os analistas da Ágora Senior recomendam a manutenção dos papéis.
Merrill Lynch reduziu suas estimativa de lucro por ADR
Os analistas acreditam que a decisão da Petroquisa vai dificultar o processo de consolidação do setor petroquímico brasileiro e o crescimento da Braskem, que agora está mais atrelado ao crescimento orgânico e projetos de alto risco na Venezuela e Bolívia.
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Tendo em vista esse cenário, a Merrill Lynch reduziu suas estimativa de lucro por ADR da Braskem de US$ 1,82 para US$ 0,89 em 2006 e de US$ 1,32 para US$ 0,84 em 2007. Os analistas acreditam que o cenário de menores volumes de vendas, altos preços da nafta e valorização do real deverão continuar limitando o desempenho da empresa nos próximos trimestres.