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A aversão ao risco manteve o domínio sobre os mercados globais em fevereiro, em especial na segunda metade do mês, com as grandes empresas de tecnologia se mantendo em linha ou mesmo ficando para trás em relação aos principais índices, em meio aos receios em relação à política protecionista de Donald Trump nos Estados Unidos.
Para março, o desafio volta a ser a volatilidade dos mercados, já que Trump dobrou a aposta e implementou tarifas maiores do que o esperado sobre grandes parceiros comerciais, como o México, o Canadá e a China.
Especialistas apontam que há duas forças contrárias agindo sobre as perspectivas para os juros nos EUA, o que impacta as bolsas americanas.
De um lado, a imposição de tarifas a países com peso no comércio internacional tende a desacelerar a economia dos Estados Unidos, o que “chama” juros mais baixos e derruba o dólar. Do outro, essas mesmas medidas trazem um risco inflacionário, em um momento em que os índices de preços vieram mais fortes do que o esperado.
De qualquer forma, as grandes empresas de tecnologia americanas seguem na lista de mais indicadas pelos seus potenciais de crescimento.
As expectativas para ações chinesas também seguem positivas, impulsionadas pelos estímulos do governo da China e avanços da Inteligência Artificial na região.
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Entre elas, o destaque é a Alibaba, que fechou parceria com a Apple e apresentou bons resultados.
“A Alibaba se destacou como a melhor performance da carteira Top Ações Globais XP após uma série de eventos, como parceria entre a Apple e a empresa para levar inteligência artificial aos iPhones vendidos na China, reunião de Xi Jinping com grandes empresários do país, incluindo o fundador da Alibaba e resultados fortes, indicando crescimento de receita de produtos diretamente ligados a AI”, disse a XP em relatório.
Confira abaixo as ações internacionais recomendadas por instituições locais que acompanham as companhias globais. Apenas os papéis mencionados pelo menos 3 vezes são considerados.
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Ações recomendadas
Empresa | Número de recomendações | Retorno nos últimos 30 dias* |
Amazon (AMZO34) | 5 | -15,88% |
Microsoft (MSFT34) | 5 | -3,96% |
ASML (ASML34) | 4 | -1,91% |
Berkshire Hathaway (BERK34) | 3 | +4,18% |
Alibaba (BABA34) | 3 | +40,05% |
Meta (M1TA34) | 3 | -8,43% |
Alphabet (GOGL34) | 3 | -12,25% |
Apple (AAPL34) | 3 | -0,19% |
JPMorgan (JPMC34) | 3 | -7,43% |
* Data de corte: 6 de fevereiro de 2025, às 11h35
Amazon (AMZO34)
Para o Santander, a Amazon vai além do varejo digital, com sua presença global, além do fato de ter mais de 40% de participação de mercado nos Estados Unidos. “A companhia se insere em negócios promissores e complementares à sua principal linha de receita, com grande potencial de crescimento: o de streaming e especialmente o de computação em nuvem, segmento em que é líder do mercado”, diz o banco em relatório.
Microsoft (MSFT34)
Apesar de recomendar a Microsoft, o Itaú BBA ressalta que a empresa terá como desafio se recuperar das baixas recentes. “Neste cenário, terá potencial de uma recuperação mais intensa com objetivos em 110,45 e 117 – máxima histórica”.
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ASML (ASML34)
Em relatório, o BTG Pactual ressalta que a tese de investimento na ASML é sustentada por sua posição dominante no mercado, com uma participação de 66% em um setor altamente especializado e com baixa concorrência, seu pioneirismo na tecnologia de litografia ultravioleta extrema, “que possibilita a produção de circuitos integrados em escalas nanométricas em uma escala comercialmente viável”, e seus sólidos fundamentos financeiros.
Berkshire Hathaway (BERK34)
Na avaliação do Santander, a empresa usa sua geração de caixa para adquirir ativos nos mercados de forma “oportunística”, em setores como alimentação, serviços financeiros, petróleo & gás e, mais recentemente, tecnologia”. Aponta ainda que a holding tem participação relevante em empresas americanas como Apple, Bank of America, Chevron, Coca-Cola, American Express e Moody’s.
Alibaba (BABA34)
A XP destaca que a Alibaba teve a melhor performance da carteira de ações globais da corretora após parceria entre a Apple e a empresa para levar inteligência artificial aos iPhones vendidos na China e resultados fortes, indicando alta de receita de produtos diretamente ligados a Inteligência Artificial.
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Meta (M1TA34)
Para o BTG Pactual, a Meta mostra sólida geração de caixa no segmento de anúncios online via Facebook e expansão de operações de Reality Labs e nova rodada de investimentos em Inteligência Artificial.
Alphabet (GOGL34)
O Santander destaca que a Alphabet domina mercados essenciais na internet, como o de buscas online e streaming de vídeos, além de desenvolver o mais popular sistema operacional de celulares, o Android. “Seus serviços também são beneficiados pelos efeitos de rede (quanto maior a base de usuários, mais desejável para novos entrantes consumir o serviço), o que atrai anunciantes para o seu segmento de publicidade, principal fonte de receita da companhia”, diz o banco em relatório.
Apple (AAPL34)
A Apple se destaca pelo alto retorno aos acionistas, comercialização do headset Vision Pro, com entrada da companhia no setor de computação espacial e novo ciclo de melhorias no Iphone através de Inteligência Artificial.
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JPMorgan (JPMC34)
A XP aponta que o JP Morgan é o maior banco de investimentos e serviços financeiros do mundo, e que é conhecido por sua solidez financeira. “Nas décadas recentes, o banco tem firmado seu lugar como referência, e realizou aquisições oportunísticas em momentos chave do setor bancário americano”.