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As empresas brasileiras distribuíram 9% menos dividendos em 2024 em relação a 2023, resultado alimentado por uma queda de 28,7% no último trimestre do ano, mostra o Índice Global de Dividendos da Janus Henderson. Em números absolutos, as companhias locais citadas no levantamento entregaram US$ 22,4 bilhões a acionistas no período.
A Petrobras (PETR4) responde por quase metade do valor total, com US$ 10,83 bilhões, a estatal foi a 14ª colocada do ranking mundial. A segunda brasileira foi a Vale (VALE3), com US$ 4,16 bilhões, apesar da forte queda que afetou quase todo o setor de mineração.
Entre os mercados emergentes, a China representa o melhor resultado. Os dividendos aumentaram 17,8% em 2024, atingindo recorde de US$ 62,7 bilhões.
Já com relação a América Latina, os dividendos mexicanos aumentaram 4,3% em 2024 frente 2023, apesar de cortes em metade das empresas analisadas pelo índice. Nesse sentido, a maior contribuição para o crescimento é da empresa de bebidas Femsa e da mineradora Grupo México.
Na Colômbia, o corte nos pagamentos da Ecopetrol, a única analisada pelo levantamento, reflete a queda de 28,7% nos pagamentos em 2024 ante 2023, enquanto no Chile, o corte no conglomerado industrial Empresas Copec refletiu na queda de 28,7% registrada no período.
Do ponto de vista global, os dividendos nominais cresceram para um recorde de US$ 1,75 trilhão em 2024, com crescimento nominal, ajustado pela inflação, de 5,2%, ligeiramente acima da projeção da Janus (US$ 1,73 trilhão). A alta reflete pagamentos acima do esperado nos Estados Unidos e Japão no último trimestre do ano.
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Maiores pagadoras de dividendos
Empresas como as americanas Meta e Alphabet, e a chinesa Alibaba, que realizaram os primeiros pagamentos de dividendos, tiveram impacto “desproporcional” no índice, aponta o relatório da Janus Henderson. Juntas, distribuíram US$ 15,1 bilhões e foram responsáveis por 1,3 ponto porcentual, ou um quinto do crescimento global de dividendos em 2024.
Do ponto de vista setorial, quase metade do crescimento dos dividendos do ano passado veio do setor financeiro, especialmente dos bancos.