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Os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ), Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Rogério Correia (PT-MG) apresentaram, nesta quinta-feira (27), representações à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Eles solicitam a investigação criminal do parlamentar por “lesa-pátria” e por suposta conspiração com autoridades dos Estados Unidos contra o governo brasileiro.
Os congressistas também solicitaram a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro. De acordo com as representações, o deputado estaria promovendo retaliações internacionais contra o Brasil e contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Além disso, ele estaria articulando sanções estrangeiras com o objetivo de pressionar a Justiça brasileira no julgamento de seu pai, Jair Bolsonaro (PL), investigado por tentativa de golpe de Estado.
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“Eduardo Bolsonaro está praticamente residindo nos Estados Unidos. Ele atua contra os interesses nacionais e as instituições brasileiras. Por isso, solicitamos uma investigação séria”, declarou Farias.
A ofensiva contra o deputado ocorre após suas recentes viagens aos Estados Unidos, onde ele teria se reunido com congressistas republicanos e pressionado pelo avanço de medidas contrárias às decisões do STF. Além disso, um projeto aprovado no Comitê Judiciário da Câmara dos EUA visa barrar a entrada de Alexandre de Moraes no país, uma medida celebrada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Pedido de cassação
Paralelamente ao pedido apresentado à PGR, o PT protocolou uma representação na Comissão de Ética da Câmara solicitando a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar.
O documento, enviado ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), acusa Eduardo de ‘patrocinar, em estado estrangeiro, retaliações contra seu próprio país’, utilizando informações ‘caluniosas e incompatíveis com a dignidade do cargo’.
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A medida também busca impedir a nomeação de Eduardo como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden), cargo para o qual ele é apontado como favorito. ‘Eduardo não pode presidir essa comissão. Ele precisa ser cassado e responder por seus crimes’, declarou Lindbergh.
O deputado Rogério Correia (PT-MG) reforçou as críticas, afirmando que Eduardo ‘desmoraliza a Justiça brasileira e tenta obstruir o julgamento do pai’.
Nas redes sociais, Lindbergh também pediu a prisão preventiva de Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente João Figueiredo, que teria atuado em lobby nos Estados Unidos para pressionar o STF.
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A escalada da crise ocorre após um comunicado do Departamento de Estado dos EUA, no qual o governo de Donald Trump criticou as decisões do STF sobre plataformas digitais e restrições a conteúdos online.