Publicidade
JERUSALÉM (Reuters) – Os militares israelenses disseram na sexta-feira (horário local) que um dos corpos liberados pelo Hamas não pertencia a nenhum dos reféns mantidos em Gaza, acusando o Hamas de violar um cessar-fogo já abalado.
Dois dos corpos foram identificados como sendo do bebê Kfir Bibas e de seu irmão Ariel, de quatro anos de idade, enquanto um terceiro corpo, que supostamente seria de sua mãe, Shiri, não correspondia a nenhum refém e permaneceu sem identificação, disseram os militares.
“Essa é uma violação de extrema gravidade por parte da organização terrorista Hamas, que é obrigada, segundo o acordo, a devolver quatro reféns falecidos”, disseram os militares em um comunicado, exigindo a devolução de Shiri e de todos os reféns.
A família do refém Oded Lifshitz disse em um comunicado que seu corpo havia sido formalmente identificado.
Não houve reação imediata do Hamas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu vingança contra o Hamas depois que o grupo liberou os restos mortais do que disse serem quatro reféns, incluindo o de Kfir e Ariel, o mais jovem dos sequestrados durante o ataque de 7 de outubro de 2023.
Continua depois da publicidade
Os militantes palestinos entregaram quatro caixões pretos em uma exibição pública cuidadosamente orquestrada enquanto uma multidão de palestinos e dezenas de militantes armados do Hamas assistiam, criando um espetáculo que foi condenado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.
Os supostos restos mortais dos meninos, de sua mãe e de Lifshitz foram entregues sob um acordo de cessar-fogo em Gaza, firmado no mês passado com o apoio dos Estados Unidos e a mediação do Catar e do Egito.