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HSBC pretende cortar US$ 1,8 bilhão em custos até 2026

Banco registrou ganhos acima das expectativas do mercado em 2024 e anunciou uma nova recompra de ações no valor de US$ 2 bilhões

Reuters

Logotipo do HSBC em uma das sedes do banco em Hong Kong
4/8/2020
REUTERS/Tyrone Siu
Logotipo do HSBC em uma das sedes do banco em Hong Kong 4/8/2020 REUTERS/Tyrone Siu

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O HSBC disse nesta quarta-feira que pretende cortar US$1,8 bilhão em custos até o final do próximo ano, à medida que seu novo CEO reestrutura o banco para aumentar lucros em meio a políticas de juros divergentes e profundas mudanças geopolíticas.

O banco registrou ganhos acima das expectativas do mercado em 2024 e anunciou uma nova recompra de ações no valor de US$ 2 bilhões, prevista para ser concluída antes de sua próxima divulgação de resultados.

A empresa apresentou os resultados enquanto o presidente-executivo, Georges Elhedery, avança com uma dispendiosa reestruturação em um cenário de divergência nas políticas globais de juros, com a zona do euro indicando espaço para cortes, estabilidade nos Estados Unidos e expectativas de aumento no Japão.

O HSBC, que obtém a maior parte de sua receita e lucro na Ásia, disse que seu desempenho em 2024 se deu em um panorama de “incerteza geopolítica significativa, intensificada por numerosas e importantes eleições em todo o mundo”.

A tensão entre a China e EUA preocupa investidores do HSBC, uma vez que o banco considera o país asiático um mercado importante, onde investiu bilhões de dólares nos últimos anos. Essa preocupação se intensificou desde o retorno à Casa Branca do presidente Donald Trump, que, em seu primeiro mandato, implementou uma série de políticas comerciais anti-China.

Elhedery tornou-se CEO do HSBC em setembro e, desde então, vem trabalhando para aumentar rendimentos e intensificar o foco do banco na Ásia.

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O HSBC, com sede em Londres, divulgou um lucro antes do pagamento de impostos para 2024 de US$32,3 bilhões, à medida que a receita resistiu ao impacto da queda das taxas de juros. O resultado superou os US$30,3 bilhões registrados no ano anterior e as estimativas médias de analistas, de US$31,7 bilhões.

A instituição financeira disse que pretende reduzir custos em cerca de US$300 milhões em 2025, com o compromisso de um corte anualizado de US$1,5 bilhão na base de custos até o final do ano que vem.

“Renovamos o vigor na busca de eficiências que otimizarão nossa alocação de recursos, seja geográfica, linhas de produtos ou de balanço patrimonial”, disse Elhedery, na declaração de resultados do banco.

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“Isso melhorará a maneira como gerenciamos custos e capital de forma ativa e dinâmica, e como direcionamos os investimentos.”, afirmou.

As ações do HSBC, listadas em Hong Kong, subiram até 1,8% após o anúncio dos lucros, seu valor mais alto desde fevereiro de 2011. O índice mais amplo do mercado teve uma queda de 0,4%.