Lula diz que convencerá Marina e Ibama sobre petróleo na Margem Equatorial

Presidente reforçou que a Petrobras precisará cumprir todas as exigências ambientais para evitar impactos ecológicos

Marina Verenicz Agências de notícias

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (14) que pretende convencer o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a aprovarem a exploração de petróleo na costa do Amapá, na foz do rio Amazonas, região conhecida como Margem Equatorial.

Em entrevista à Rádio Clube do Pará, Lula destacou que Marina Silva não é contra a exploração petrolífera e que o governo atuará com responsabilidade ambiental.

“Não podemos deixar de pesquisar”

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O presidente defendeu que o Brasil deve considerar os impactos positivos e negativos da prospecção. “Precisamos pensar nos prós e nos contras: isso é bom ou ruim para o Brasil? Eu tenho um sonho de que um dia não precisaremos mais de combustíveis fósseis, porque teremos outras formas de energia. O Brasil já é privilegiado, com 87% de sua matriz energética limpa”, afirmou.

Lula reforçou que a Petrobras precisará cumprir todas as exigências ambientais para evitar impactos ecológicos, citando o desastre no Golfo do México como um alerta. “Se houver algum problema, precisamos garantir tempo para corrigir e evitar qualquer desgraça. Mas não podemos deixar de pesquisar a presença de petróleo na Margem Equatorial.”

Exploração como fonte de recursos

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O presidente também comparou a situação do Brasil com a dos países vizinhos. “O Suriname e a Guiana já estão explorando petróleo a apenas 50 km da nossa costa. E os recursos dessa extração podem ser usados para proteger a floresta amazônica.”

Por fim, Lula afirmou que Marina Silva compartilha das preocupações ambientais, mas que não será um entrave à exploração. “Tenho certeza de que a Marina jamais será contra, porque ela é muito inteligente. O que ela questiona é o ‘como fazer’ para que a Amazônia não seja prejudicada. Se houver petróleo, teremos mais dinheiro para cuidar do Brasil.”

(Com informações da Reuters)