Lula pede que brasileiros não comprem o que acham caro para forçar redução de preços

Para o presidente, se a população não adquirir produtos caros, os vendedores serão forçados a reduzir os preços

Equipe InfoMoney

(Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo)
(Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou aos brasileiros que evitem comprar produtos que considerem caros, como forma de pressionar apela redução dos preços. A declaração foi feita em uma entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia.

Segundo Lula, é necessário implementar “um processo educacional” com o povo brasileiro, para que a população não seja extorquida. De acordo com a linha de raciocínio do presidente, “a pessoa” (varejista) percebe que a massa salarial e os salários estão crescendo e, por isso, aumenta os preços.

“Se todo mundo tiver a consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque, senão, vai estragar”, disse o presidente.

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Lula defendeu que o agronegócio brasileiro produza mais alimentos para que o preço da comida seja reduzido e negou qualquer possibilidade de congelamento de preços para evitar novos aumentos nos alimentos.

Câmbio

Isentando Gabriel Galípolo, o novo presidente do Banco Central, de críticas, Lula voltou a criticar Roberto Campos Neto, afirmando que o ex-presidente do Banco Central deixou uma “arapuca” na autoridade monetária, com novos aumentos da taxa de juros já previstos para este ano.

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O presidente atribuiu o aumento do dólar à “irresponsabilidade” do Banco Central, que teria criado uma situação que não pode ser resolvida rapidamente.

Para Lula, a alta do dólar é resultado das instabilidades causadas pela campanha eleitoral nos Estados Unidos, que contribuíram para a valorização da moeda. Ele sugeriu que os produtos se tornarão mais acessíveis à medida que o dólar começar a se ajustar.