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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu na quarta-feira (5) que é alvo de fogo amigo no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o ministro, apesar de seu discurso coerente desde dezembro de 2022, ele tem sido alvo de críticas tanto de pessoas do governo quanto da oposição.
“Estou perseguindo os mesmos objetivos, com a mesma tenacidade e com a mesma certeza de que o Brasil pode melhorar muito e sair dessa armadilha em que entramos dez anos atrás”, disse Haddad em entrevista à GloboNews.
O ministro não citou nomes, mas, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, houve atritos entre o titular da Fazenda e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e integrantes do partido também já fizeram críticas públicas à política fiscal conduzida por Haddad.
O ministro citou Lula para responder às críticas do presidente do PSD, Gilberto Kassab, que o chamou de fraco e afirmou que ele tem dificuldade em comandar.
“Quem tem que dar resposta sobre isso é o presidente da República, que já deu no dia seguinte e falou: olha, uma pessoa que faz o Brasil crescer 7% ao ano, com a menor taxa de desemprego, aprova uma reforma tributária, as contas públicas, um marco fiscal”.
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Haddad admitiu ter momentos de cansaço à frente da economia, mas garantiu estar disposto a cumprir seu compromisso com o presidente da República, mantendo a liderança da Fazenda até o final do governo.
O ministro também afirmou que não disputará nenhum cargo em 2026 e acredita que a gestão do orçamento federal será desafiadora até o último dia. Ele classificou essa tarefa como árdua e difícil.
Na tarde desta quarta-feira, Haddad apresentou ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), um diagnóstico da economia brasileira no qual diz que o governo está construindo um “equilíbrio fiscal verdadeiro”, listando também 25 prioridades do governo para 2025 e 2026 na área econômica.