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A bispa Mariann Edgar Budde disse, em entrevista à National Public Radio (NPR), que não irá se desculpar pelas coisas que disse em um sermão após a posse de Donald Trump como presidente dos EUA.
Budde fez um apelo direto a Trump, pedindo que mostrasse misericórdia às pessoas LGBTQ+ e aos imigrantes que estão ilegalmente no país. Após o sermão, Trump disse que ela e a igreja deveriam se desculpar.
“Eu lamento que isso tenha causado o tipo de resposta que causou no sentido de que realmente confirmou exatamente aquilo sobre o que eu estava falando antes, que é nossa tendência de pular direto para a indignação e não falar uns com os outros com respeito”, ela afirmou. “Mas não, eu não vou me desculpar pelo que disse.”
Trump chamou Budde de “radical da esquerda linha-dura e odiadora de Trump” em sua rede Truth Social na quarta-feira, 22. “Além de suas declarações inadequadas, o serviço foi muito chato e pouco inspirador. Ela não é muito boa no que faz!” ele postou após a meia-noite. “Ela e sua igreja devem um pedido de desculpas ao público!”
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Os apoiadores de Trump também criticaram o discurso da bispa. Um congressista americano disse que Budde deveria ser “incluída na lista de deportação”, ainda que ela tenha nascido nos Estados Unidos, segundo a NPR.
“Não odeio o presidente, eu rezo por ele”.
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Apesar das polêmicas, a bispa disse que foi sincera e que não se arrepende por suas palavras. “Eu não odeio o presidente, e eu rezo por ele. Eu não sinto que há necessidade de se desculpar por um pedido de misericórdia”, disse.
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Durante o sermão, na presença de Trump e JD Vance, o vice-presidente, Budde pregou, referindo-se à crença de Trump de que ele foi salvo por Deus do assassinato: “você sentiu a mão providencial de um Deus amoroso. Em nome do nosso Deus, peço que tenha misericórdia das pessoas em nosso país que estão assustadas agora”.
Enquanto o presidente observava, Budde disse: “há crianças gays, lésbicas e transgênero em famílias democratas, republicanas e independentes, algumas que temem por suas vidas”. Segundo ela, a “grande maioria dos imigrantes não são criminosos”, mas “bons vizinhos” e “membros fiéis” de comunidades religiosas.
Mesmo após as críticas, a bispa disse “eu não o considero um inimigo”, à Associated Press. “Acredito que podemos discordar respeitosamente, expor nossas ideias e continuar defendendo as convicções que nos foram dadas, sem recorrer à violência verbal.”