Recompra atinge máximas e empresas transformam pessimismo em oportunidade, diz BBA

Recompras atualmente abertas somam R$ 74,6 bilhões em volume alvo

Felipe Moreira

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O Itaú BBA avalia que os programas de recompra de ações abertos atingiram um recorde histórico no ano passado, totalizando 126, o maior número de programas abertos em um único ano desde 2005.

As recompras atualmente abertas somam R$ 74,6 bilhões em volume alvo (volume monetário total a ser recomprado), com aproximadamente 50% desses programas iniciados no segundo semestre de 2024. Os analistas apontam que as empresas buscam transformar pessimismo em oportunidade.

Setorialmente, o setor de utilities (energia e saneamento) foi o que historicamente ofereceu o maior “yield” (volume alvo/valor de mercado), de 5,22%. Em termos de volume-alvo, o setor de matérias-primas lidera com R$ 15,2 bilhões. Outros setores com volumes-alvo monetários significativos para recompra incluem Financeiro, Utilities, Consumo, Industriais e Energia, todos com ações-alvo no valor de mais de R$ 5 bilhões para recompra.

Apenas em 2024, mais de R$ 30 bilhões em ações foram recomprados.

Atualmente, existem oito programas abertos com valores superiores a R$ 1 bilhão cada, oferecendo um “yield” de pelo menos 7% e com menos de 25% de execução. Esses programas incluem Copel (CPLE6; CPLE3), PRIO (PRIO3), Eletrobras (ELET3; ELET6), Vibra (VBBR3), Localiza (RENT3) e B3 (B3SA3).

Em relação ao volume financeiro ainda a ser recomprado, os setores de Utilities, Financeiro e Materiais se destacam. Cada um desses setores possui mais de R$ 9 bilhões em ações ainda pendentes de recompra. O BBA destaca que quase metade dos programas atualmente abertos foram iniciados nos últimos 6 meses. Portanto, analistas esperam que as empresas continuem ativas no mercado de ações, já que os programas geralmente têm duração de 18 meses.