Tempo real

Onde Investir 2025: Brasil, EUA e alocação são destaques do 1º dia; saiba tudo

Evento gratuito para investidores promovido pelo InfoMoney se estende até quinta-feira (16) com orientações sobre macroeconomia, investimentos e finanças

Por  Monique Lima, Iuri Santos, Camille Bocanegra -

Renda fixa ou renda variável? Ações ou criptomoedas? Para saber qual a melhor aplicação para o seu dinheiro neste ano, o InfoMoney promove nesta semana um encontro de grandes nomes da economia e do mercado financeiro. O Onde Investir 2025 começou nesta segunda-feira (13) com um evento presencial para convidados e se estende, com transmissão on-line e aberta ao público, de terça (14) a quinta-feira (16).

Onde Investir 2025: Conheça os palestrantes de evento gratuito para investidores

A equipe do InfoMoney fará a cobertura completa do evento, desde esta segunda-feira às 17h. Acompanhe ao vivo a seguir e nas nossas redes sociais.

É possível ainda se inscrever para o Onde Investir 2025, o que garante acesso às transmissões on-line desta semana e um e-book com as principais recomendações feitas durante o encontro. As transmissões on-line serão das 18h às 21h.

Os jornalistas Mariana Amaro e Mitchel Diniz entrevistam Fernando Genta, economista-chefe da XP Asset (Foto: Divulgação/Infomoney)

Nesta segunda-feira (13), os destaques dos painéis do Onde Investir 2025 foram os seguintes:

update 20h12

Termina o primeiro dia do Onde Investir 2025

update 20h11

“Seguir diversificação faz com que você seja naturalmente anticiclíco”, diz Fernando Ferreira, sobre pontos de entrada na Bolsa

Para o estrategista-chefe da XP, o nível de preços dos ativos brasileiros no geral estão em crise. “É como dizem: ‘Você compra Brasil quando você tem certeza que está virando a Argentina, você vende Brasil quando tem certeza que está virando a Suíça'”, afirma o head do Research. “Manter a diversificação da carteira é relevante por causa disso”, diz. Ferreira sustenta que o ponto de entrada correto sempre será anticiclíco e isso pode ser obtido pela diversificação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Acertar quando será o ponto mais baixo ou quando será o melhor ponto de entrada, é muito díficil. Por isso, fazer aportes recorrentes é a melhor forma para conseguir um preço médio, assim como seguir recomendação de risco à exposição de classe de ativos”, sustenta.

update 20h04

Aposta em geradoras de caixa e pagadoras de dividendos, de acordo com o Head do Research

A melhor forma de investir na Bolsa é via empresas geradoras de caixa e pagadoras de dividendos, segundo Fernando Ferreira. “A melhor forma é via empresas mais resilientes que vão surfar melhor esse cenário mais desafiador”, sustenta o estrategista-chefe da XP.

update 19h58

Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e Cyrela (CYRE3) estão entre as preferências no setor imobiliário

A grande preocupação em relação ao setor são os custos, afirma o estrategista-chefe. “A gente ainda gosta de Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3). Em alta renda, gostamos de Cyrela (CYRE3). Eu mencionaria esses três papéis no setor imobiliário”, afirma Ferreira.

Sobre infraestrutura, o head do Research afirma que é um setor que seguirá forte mas com mais desafios pela alta de taxas de juros. “Temos visto esses papéis sofrerem não tanto pelo fundamento mas sim pelo custo de capital que subiu bastante. Estamos em um cenário de juros maiores que as empresas podem não ter projetado quando tomaram esse nível de endividamento”, afirma. O Research da XP se apresenta mais seletivo com o setor, com muita atenção à alavancagem.

update 19h55

Dólar acaba favorecendo alguns setores específicos, como commodities, comenta o estrategista-chefe

“Dólar alto acaba beneficiando bastante um pedaço importante do Ibovespa. As empresas de commodities são um terço do índice e quando você olha nossas carteiras, temos uma exposição relevante a esses papéis: Suzano, JBS, Gerdau, PRIO. As ações se beneficiam só do dólar mais alto, mas dão proteção a riscos geopolíticos maiores”, afirma o Head do Research da XP. Sobre papéis de bancos, Ferreira cita Banco do Brasil, que reporta resultados excelentes com nível de retorno acima de outros pares privados. “Temos um pouco mais de cautela em 2025 com o setor bancário, justamente pelo cenário de crédito. Se os juros subirem mais, será que os bancos terão problema com sua carteira de crédito?”, indaga. “Continuamos gostando mas sempre com qualidade, caso do Banco do Brasil”, afirma.

 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Sobre setor elétrico, nós gostamos por ser um setor protegido da inflação, assim como o setor de saneamento. São setores que repassam a inflação imediatamente. Esses setores protegem como um IPCA+”, afirma. A diferença seria a taxa interna de retorno, que seria muito superior em relação à um título do Tesouro Direto. “No setor de consumo, é um cenário que no curto prazo as empresas devem continuar indo bem mas, para 2025, temos um pouco de cautela”, diz.

update 19h50

Na renda fixa, atenção ao prazo de vencimento e paciência com volatilidade são os pontos chaves para o estrategista-chefe

Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP e Head do Research, alertou para potencial perda com marcação à mercado no momento de investir em renda fixa, em especial em se tratando de títulos pré-fixados. “De fato, machuca. O investidor pode ficar ansioso com isso e vender o título no meio do caminho, por não suportar a volatilidade presente nos títulos”, afirma. A ideia, nesse tipo de ativo, é segurar no longo prazo. “Por isso, tem que ser uma caixinha na nossa carteira de alocação que não seja muito grande. Apesar de gostarmos muito de ativos de inflação, quando você olha para nossas carteiras, elas não são mais de 15% porque temos que pensar em um horizonte mais longo”, diz.

update 19h46

Para renda variável, o estrategista indica papéis de setores defensivos, que possam resistir ao cenário mais incerto

“Para quem não tem investimento em renda variável, vale pena olhar, vale a pena investir. Eu diria para começar a olhar para empresas mais defensivas, empresas que geram caixa, que geram dividendos, que surfarão bem em um cenário de dificuldade macroeconômica”, afirma.

Não é o momento, em sua visão, de optar por papéis que passaram por quedas muito fortes. “É importante olhar com cuidado, Às vezes, há uma história por traz do porquê caiu muito”. Dentre os setores mais presentes nas carteiras recomendadas da casa, estão bancos, setor elétrico, saneamento e commodities.

update 19h41

Ferreira afirma que a precificação do Ibovespa está mais próximo do cenário pessimista que otimista

“A precificação atual do índice hoje está muito mais próximos do cenário pessimista (cerca de 110 mil pontos) do que qualquer cenário mais provável ou de otimismo (que projetava 170 mil pontos para Ibov). A probabilidade mostra que o mercado está extremamente pessimista mesmo. A Bolsa tem um potencial muito grande que outros ativos não tem. É por isso que falamos da importância de se manter investido mesmo em um cenário de maior cautela para a Bolsa”, diz

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

update 19h35

Cenário de cautela mas, ainda assim, é hora de investir, afirma o estrategista-chefe da XP

O cenário continua sendo um cenário de cautela no Brasil, mas isso não significa fuga para ativos. “Manter a diversificação da carteira e estar investido em ativos de qualidade”, afirma ser a alternativa correta. “Esperar o cenário melhorar e daí investir é a pior coisa a se fazer, porque não há aproveitamento do nível de preços atual. Continuamos mantendo a visão positiva para ativos de risco não somente pelo nível de preço”, diz Ferreira. “As empresas estão bem, senão não estariam retornando tanto nível de caixa para os investidores. O micro está bem, o desafio do Brasil é o cenário macro”, afirma.

update 19h31

“Estamos em um modo crise e é necessária alguma sinalização sobre a dívida pública”, diz Fernando Ferreira

“A gente precisa de um catalisador, algum evento que nos tire desse modo crise. O que enxergamos de mais óbvio é algum anúncio, alguma medida”, afirma Head do Research e estrategista-chefe da XP.

Fernando Ferreira, estrategista-chefe e head do Research da XP, em painel do Onde Investir 2025

update 19h28

Começa agora o terceiro painel do evento Onde Investir 2025

update 19h25

Difícil achar história boa fora dos EUA, sustenta Andrew Reider sobre investimentos globais

“Está difícil de achar uma história boa fora dos EUA, olhando para os mercados globais. No final das contas, eu acho que está razoável, que a história está muito boa. As empresas com retornos subindo, acho que tem histórias muito boas por vários ângulos. é a única que sobra por um valor razoável”

update 19h24

Andrew Reider: Big techs devem continuar indo bem

“Ano passado o foco eram as big techs, teve alguns subtemas que foram bem, mas tinha relação com tecnologia. Se quer sair dessa metade para a outra, estava mais barata antes da eleição, mas continua indo bem. Se a economia for bem, vai continuar sendo boa opção neste ano”, diz o CIO da WHG

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

 

update 19h22

“Ninguém acredita que o governo dos EUA será uma entidade super eficiente mas, se acontecer, o mercado vai adorar”, diz Reider

update 19h17

Para o CIO da WHG, um dos maiores riscos dos mercados globais é a atual posição do Fed sobre cortes de juros

Andrew Reider sustenta que há chances de que o Federal Reserve não realize cortes nos próximos tempos. Isso faria com que mercados globais fosse impactados pela postura, que garantiria juros mais altos nos EUA por mais tempo. “Talvez ciclo de cortes do FED tenha terminado. Esse é um grande risco dos mercados globais”, afirma.

update 19h10

Riscos geopolíticos diminuíram nos últimos dois anos, afirma o Andrew Reider

“Vejo riscos diminuindo em relação há dois anos. Olhando para frente vemos economia americana mais estável, IA vai durar por muito tempo, possibilidade de acordo entre Israel e Gaza, menos apetite dos EUA para dar dinheiro para Ucrânia”, afirma o CIO da WHG.

update 19h07

Economia dos EUA está forte e é resiliente no momento, afirma Andrew Reider, CIO da WHG.

“Nos últimos meses, ficou muito claro que a economia está muito forte. Vimos dados de consumo, de trabalho, de vendas de varejo no natal muito fortes nos EUA”, diz Andrew Reider, CIO da WHG. “Antes, parecia que a inflação estava em uma tendência de queda, que a economia estava começando a desacelerar. Daí houve corte de juros”, diz. Agora, a economia demonstra força e resiliência.

Mariana Amaro e Henrique Esteter entrevistam Andrew Reider, CIO da WHG (Foto: Divulgação/Infomoney)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

update 19h06

“Está acontecendo uma desglobalização”, afirma Reider

O CIO da WHG, Andrew Reider, afirmou que é possível que haja uma reconfiguração de cadeias de indústrias mundiais. Dentre os principais temas que farão parte da nova fase de economia mundial e produção, está a força da energia limpa. “Há muita barreira comercial e há questões geopolíticas, como o distanciamento do Brasil dos EUA”, afirma, como obstáculo para que o Brasil figurasse entre países que poderiam aproveitar a tendência. “Não estamos participando e é uma das razões pelas quais o estrangeiro talvez não veja tão bem o Brasil”.

update 18h56

Começa painel “Investimentos Internacionais”, com Andrew Reider, CIO da WHG

Painel é o segundo do evento Onde Investir 2025

update 18h46

Brasil queridinho entre os emergentes? Talvez não mais

“Antigamente tinha a sensação de que o Brasil ia governar os países emergentes por W.O. Perdeu timing com questão fiscal e o mundo geopolítico está complicado. Não vejo um cenário catastrófico, mas está mais complicado”, afirma Genta.

update 18h45

Sobre a economia dos EUA, Genta projeta que, mesmo sem Trump, trata-se de um momento de juros elevados

“Se não tivesse tido eleição nos EUA no ano passado, já não via espaço para mais cortes de juros. É uma economia que cresce como relojinho em 2% nos últimos anos”, afirma Fernando Genta, economista-chefe da XP Asset. “Seria uma economia de juros altos, mesmo sem Trump”, afirma.

update 18h42

A expectativa da casa é manutenção de dólar em patamar elevado, mais próximo de R$ 7 do que de R$ 5

“O que depender do governo Trump, devemos ter um dólar forte. Se fortalecer contra todas as moedas, inclusive o real brasileiro. Não corta mais juros esse ano, acabou”, afirma o economista-chefe.

No cenário brasileiro, a movimentação também indica desvalorização do real. “Pelo que penso que vai ser o ano fiscal, reforma do IR, vejo uma reversão muito grande do choque de confiança e aumento do risco. Com certeza está mais para R$ 7 do que para R$ 5”, sustenta Fernando Genta.

 

update 18h31

Para o economista, há duas alternativas para o Banco Central

De acordo com Fernando Genta, economista-chefe da XP Asset, o BC poderá tanto seguir em aumentos de juros ou subir até certo ponto e manter no patamar por algum tempo. A casa projeta como possível o segundo cenário.

update 18h26

“Em nossa visão, o BC vai na direção correta, Galípolo já sinalizou que vai perseguir a inflação. Mas, em determinado momento, vai optar por alongar os juros e esperar um pouco”, diz o economista-chefe

update 18h20

Até 2026, o Brasil não conseguirá levar a inflação para o centro da meta, opina Fernando Genta, economista-chefe da XP Asset

“Brasil tem uma característica única no mundo. Hoje, vemos todos os bancos centrais com juros mais altos que se antecipava, mas o Brasil está em outro patamar. É um dos únicos países do mundo que o desemprego segue caindo”, afirmou Fernando Genta, economista-chefe da XP Asset, no primeiro painel do evento Onde Investir. “Aqui, a inflação está acelerando. A nossa projeção é de 6% para 2025, com uma meta de 3%”, diz Genta. O economista afirma que a casa não considera possível que haja mudança neste cenário no médio prazo.”Não nos parece que possível que o BC consiga trazer a inflação para a meta ainda neste mandato”, sustenta.

Fernando Genta, economista-chefe da XP Asset (Foto: Infomoney)

update 18h14

Começa primeiro painel do evento Onde Investir 2025, com Fernando Genta, economista-chefe da XP Asset

update 18h06

Segundo painel hoje vai falar de dólar, Trump e investimento no exterior

O segundo painel do evento Onde Investir 2025 na noite desta segunda-feira vai abordar as expectativas para o câmbio e sobre onde investir no exterior neste ano, especialmente por conta do início do segundo mandato de Donald Trump à frente da Casa Branca. “Dólar em alta e Trump 2.0: onde investir no exterior” é nome da palestra com Andrew Reider, CIO da WHG.

Para especialistas, a maior parte dos riscos econômicos que podem acometer o Brasil neste ano estão relacionados exatamente à agenda que Donald Trump deve implementar nesta sua segunda gestão, apelidada pela consultoria Eurasia “Trumponomics” em análise recente.

“Donald Trump está prestes a herdar uma economia americana robusta, mas suas políticas minarão sua força este ano por meio de uma inflação mais alta e crescimento reduzido”, prevê a consultoria.

update 17h01

Primeiro painel abordará macroeconomia: “Os desafios do Brasil em 2025”

O primeiro painel do evento Onde Investir 2025 desta segunda-feira (13) vai abordar o tema da macroeconomia: “Selic alta, real desvalorizado e inflação: os desafios do Brasil em 2025”, terá como convidado Fernando Genta, economista-chefe da XP Asset.

Há um consenso entre os especialistas de que o câmbio e a inflação vão passar ainda algum tempo bem acima do patamar ideal e que a Taxa Selic terá de permanecer mais alta e por mais tempo. Isso num cenário de risco até de dominância fiscal, situação na qual nem uma política econômica mais restritiva consegue domar a escalada de preços.

O quadro não poderia ser mais divergente do que o projetado na virada de 2023 para 2024, quando se esperava que a desinflação aproximaria o IPCA da meta de 3,0% ao ano, o dólar ficaria menos instável e o Banco Central poderia reduzir a taxa básica de juros para um patamar inferior a dois dígitos.

 

Compartilhe