Líder da oposição venezuelana é presa por agentes do governo Maduro, dizem aliados

Segundo o partido de María Corina Machado, agentes do governo atacaram motos que a transportavam; a localização dela é desconhecida, de acordo com seus assessores

Equipe InfoMoney

Lider da oposição venezuelana Maria Corina Machado durante comício eleitoral em Caracas
25/07/2024 REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
Lider da oposição venezuelana Maria Corina Machado durante comício eleitoral em Caracas 25/07/2024 REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria

Publicidade

María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, teria sido presa após uma manifestação contra Nicolás Maduro em Caracas nesta quinta-feira (9).

Segundo o partido da opositora, agentes do governo atacaram motos que transportavam Machado. A localização dela é desconhecida, de acordo com seus assessores.

O governo Maduro disse que a informação é uma “distração” criada pela direita.

Machado havia feito sua primeira aparição pública em cinco meses durante um ato em Chacao, na região metropolitana da capital da Venezuela.

Partidos de oposição marcaram uma série de protestos pelo país nesta quinta-feira, véspera da posse do novo governo de Nicolás Maduro.

“Machado ‘foi violentamente interceptada’ durante sua saída da passeata em Chacao. Em minutos, esperamos confirmar sua situação. Agentes do regime atiraram contra motocicletas que a estavam transportando”, disse a oposição na rede social X.

Continua depois da publicidade

A oposição e o partido governista travam uma disputa quanto à eleição presidencial do ano passado, na qual ambos os lados reivindicam vitória.

A autoridade eleitoral e a principal corte do país dizem que Maduro venceu a eleição de julho, embora nunca tenham publicado as atas eleitorais detalhadas.

O governo, que acusa a oposição de fomentar planos fascistas contra a administração, diz que vai prender o líder oposicionista Edmundo González, caso ele volte ao país e tem detido importantes membros da oposição e ativistas antes da posse.

Continua depois da publicidade

González exigiu, em uma publicação no X, a “liberação imediata” de Machado. Ele ainda enviou uma mensagem direta às forças de segurança de Maduro: “Não brinquem com fogo.”

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)