Famílias da zona do euro devem continuar poupando para reconstruir patrimônio

Famílias da zona do euro devem continuar poupando para reconstruir patrimônio, diz BCE

Reuters

Sede do Banco Central Europeu em Frankfurt - 18/07/2024 (Foto: Jana Rodenbusch/Reuters)
Sede do Banco Central Europeu em Frankfurt - 18/07/2024 (Foto: Jana Rodenbusch/Reuters)

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FRANKFURT (Reuters) – As famílias da zona do euro podem continuar poupando uma grande parte de sua renda para reconstruir o patrimônio perdido com a inflação alta, disse o Banco Central Europeu, sugerindo que o consumo fraco continuará a pesar sobre o crescimento no curto prazo.

As famílias europeias detém poupanças cada vez maiores, frustrando expectativas de que gastos do consumidor deem o pontapé inicial na economia estagnada da região.

“A taxa de poupança deve permanecer alta no curto prazo, embora um pouco menor do que seu pico mais recente, refletindo em parte a moderação das taxas de juros”, disse o BCE em um artigo do Boletim Econômico publicado nesta quarta-feira.

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As famílias da zona do euro economizaram 15,7% de sua renda disponível no segundo trimestre do ano passado, o período mais recente para o qual há dados disponíveis, bem acima dos níveis em torno de 12% a 13% antes da pandemia.

Isso vem pesando sobre o consumo e manteve o crescimento econômico geral em torno de zero por pouco mais de um ano, apesar de o BCE prever repetidamente uma recuperação liderada pelo consumo.

O principal culpado é o aumento da inflação de 2021/2022, que corroeu a renda das famílias, disse o banco.

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“Com o aumento da inflação, a renda líquida real das famílias diminuiu nos últimos dois anos, aumentando os incentivos para que elas reconstruam seu patrimônio”, disse o BCE.

A recuperação da renda real e taxas de juros reais elevadas também impulsionaram a poupança.

Entretanto, o BCE manteve sua opinião de que os gastos das famílias acabarão se recuperando.

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“A provável queda na taxa de poupança, juntamente com a continuidade do crescimento forte da renda real do trabalho, deve ajudar o ímpeto do consumo privado”, disse o BCE.