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Em uma semana de liquidez reduzida devido ao feriado de Natal, o Ibovespa Futuro registra queda nos primeiros negócios desta segunda-feira (23), acompanhando o desempenho do mercado externo. Os investidores continuam repercutindo a inflação dos Estados Unidos, que alimenta expectativas de um possível afrouxamento monetário no próximo ano.
O alívio de que os EUA conseguiram evitar uma paralisação do governo também impulsionava os mercados internacionais, no início de uma semana em que não haverá falas de autoridades do Federal Reserve e em que dados dos EUA serão secundários.
Os principais temas do mercado permanecem amplamente os mesmos, com o dólar sustentado por uma economia relativamente forte e rendimentos de títulos mais altos, o que por sua vez pesa em commodities e ouro.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 10ª semana consecutiva, de 4,60% para 4,84% – acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, a projeção era de 4,34%. Considerando apenas as 100 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 4,63% para 5,00%. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira, 23.
Às 9h05 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em fevereiro caía 0,38%, aos 123.435 pontos.
Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com queda de 0,29%, S&P500 caía 0,12% e Nasdaq Futuro tinha valorização de 0,11%.
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Ibovespa, dólar e mercado externo
O dólar à vista operava com alta de 0,74%, cotado a R$ 6,117 na compra e R$ 6,118 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,22%, a 6.114 pontos.
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em alta, com exceção da Bolsa de Xangai, em a expectativas pelo anúncio oficial relacionado à fusão das montadoras japonesas Honda e Nissan.
Segundo a Kyodo News, os presidentes da Honda, Nissan e Mitsubishi notificaram o Ministério da Indústria do Japão sobre o início de negociações para uma fusão. Uma coletiva de imprensa está prevista para ocorrer ainda hoje, conforme o relatório.
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Os preços do petróleo caem após uma queda semanal, enquanto os investidores avaliavam a ameaça de Donald Trump de restabelecer o controle dos EUA sobre o Canal do Panamá.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, impulsionados pelas expectativas de outra onda de reposição de estoque por siderúrgicas chinesas, embora altos estoques nos portos e preocpações com a demanda no próximo ano tenham limitados os ganhos.
(Com Reuters)