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Apesar de ter diversificado suas operações nos últimos anos, a B3 (B3SA3) afirma não querer desviar do seu negócio principal: ser uma plataforma que viabiliza a existência do mercado de capitais, disse o CEO, Gilson Finkelsztain, durante o B3 Day.
“Entendemos que a estratégia da companhia continua sólida em fortalecer o core business”, afirmou no início de sua apresentação.
“O negócio principal da B3, como plataforma que viabiliza o mercado de capitais, tem potencial para continuar crescendo”, continuou.
Finkelsztain disse que 2024 marcou um ponto de inflexão para a B3, que voltou a crescer no período. Ele ressaltou que, apesar da parte cíclica do mercado, a companhia voltou a crescer em faturamento.
“Temos uma diversificação que protege a nossa receita”, ressaltou o CEO.
“Mesmo em cenários de juros elevados, conseguimos crescer dois dígitos na maior parte de nossos negócios”, complementou. “O potencial de crescimento da companhia está protegido.”
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Além do mercado de ações
“Mostramos com efetividade que, apesar de carregarmos a Bolsa no nome, a B3 é muito mais. Ela representa uma série de negócios nos mercados financeiros de capitais, e não apenas renda variável”, afirmou o executivo sobre a diversificação de receitas da companhia. A renda variável, aliás, já representa menos de 20% do faturamento da B3, como fez questão de frisar o executivo.
Cerca de R$ 2,1 bilhões do faturamento da B3 vem de novos produtos e soluções dentro do core business.
Ao falar das chamadas “avenidas de crescimento” da B3, o CEO começou dando destaque ao mercado de derivativos, que dobrou de tamanho em cinco anos.
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“Nós éramos questionados no passado sobre a concentração da receita em derivativos nos mercados de juros e mostramos que, dentro desse segmento, a família DI pode ser muito mais ampliada”, afirmou Finkelsztain.
“O mercado brasileiro ainda tem muito a crescer dentro do universo de taxas de juros, além do futuro do Ibovespa, o futuro do dólar, que são carros-chefes da casa, e outros derivativos que se mostram de altíssimo potencial, como, por exemplo, o futuro do Bitcoin”, complementou.
Segundo o CEO da B3, durante muitos anos, os juros futuros tinham mais liquidez em vencimentos de até 18 meses, com maior concentração de contratos nos primeiros três a seis meses. A incerteza quanto à política monetária no curto prazo tem elevado a liquidez em prazos mais longos.
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“Há um alongamento de prazos vinculado a toda uma curva de juros, muito mais completa”, afirma.