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Uma pesquisa do Datafolha divulgada nesta segunda-feira (16) aponta que a gestão econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é considerada ruim ou péssima por 34% dos entrevistados, enquanto outros 27% afirmam que a gestão é ótima ou boa. Outros 34% consideram a atuação regular, e 5% não souberam opinar.
O estudo foi realizado nos dias 12 e 13 de dezembro, logo após a apresentação de um pacote de corte de gastos. As propostas foram vistas por economistas e operadores do mercado financeiro como insuficientes para corrigir a trajetória de aumento da dívida pública. Em resposta ao clima de incerteza, o dólar superou a marca nominal de R$ 6 pela primeira vez na história, e os juros futuros também subiram, com a taxa para janeiro de 2027 ultrapassando 15% nesta segunda-feira.
O Datafolha entrevistou 2.002 pessoas em 113 municípios, com uma margem de erro de dois pontos percentuais.
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A pesquisa revelou que 59% da população não tomou conhecimento do pacote de cortes, enquanto 41% disseram ter acompanhado o anúncio. Entre aqueles que se informaram sobre as medidas, 89% apoiam a fiscalização de acesso ao Bolsa Família e ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) para evitar fraudes.
Além disso, a pesquisa identificou que 61% dos entrevistados são contra a limitação do aumento real do salário mínimo. A gestão do gasto público também foi questionada, com 45% dos entrevistados acreditando que os recursos são suficientes, mas mal aplicados, enquanto 35% afirmaram que não há dinheiro suficiente, mas que o que existe é mal utilizado.
Haddad anunciou o pacote em uma cadeia nacional de rádio e TV, apresentando também uma proposta de reforma tributária que prevê isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. A maioria dos entrevistados apoiou a isenção do IR, com 70% a favor e 26% contra. Além disso, 77% dos participantes se mostraram favoráveis à tributação para rendimentos acima de R$ 50 mil, enquanto 20% se opuseram à medida.