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As taxas dos papéis do Tesouro Direto registraram novas máximas na tarde desta segunda-feira (16). Elas foram impulsionadas pela revisão para cima das projeções para o dólar, o IPCA, o PIB e a taxa Selic em 2025, feitas por analistas consultados no boletim Focus do Banco Central.
Após a divulgação do relatório, todos os títulos de renda fixa do governo reagiram com avanços nos rendimentos, tanto os de curto prazo como os de longo prazo. Confira abaixo quanto R$ 1 mil, R$ 5 mil, R$ 20 mil, R$ 50 mil e R$ 100 mil podem render em diferentes papéis do Tesouro Direto, com resgate em dois anos.
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Tesouro IPCA+
O Tesouro IPCA+ dá aos investidor uma rentabilidade composta pela variação da inflação, medida pelo IPCA, acrescida de uma taxa prefixada definida no momento da compra do papel. Isso significa que ele vai receber o valor investido corrigido pela inflação do período mais um retorno real determinado. Nesta segunda, o Tesouro IPCA+ 2029 oferece inflação + 7,73% ao ano.
Um investimento de R$ 1 mil hoje nesse título viraria R$ 1.213,57 líquidos em dois anos, segundo o simulador do Tesouro Direto, já descontados R$ 38,54 de imposto de renda (IR) e R$ 4,48 de taxas da B3, com resgate em dois anos. Já o montante de R$ 100 mil no mesmo papel pularia para R$ 121.354,06 no mesmo período. Esse valor já é líquido – ou seja, sem R$ 3.854,91 de IR e R$ 450,26 de taxa da bolsa de valores. Confira simulações com outros montantes:
Valor | Aplicação mais rendimento líquido* |
R$ 1 mil | R$ 1.213,57 |
R$ 5 mil | R$ 6.067,73 |
R$ 20 mil | R$ 24.270,83 |
R$ 50 mil | R$ 60.677,05 |
R$ 100 mil | R$ 121.354,06 |
*Valor líquido, com a dedução da taxa da B3 e do IR. Data de resgate: 16/12/2026.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic acompanha a taxa básica de juros do país, elevada para 12,25% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada. Quando a Selic sobe, o título avança junto e entrega mais rendimento para o investidor. Se, por outro lado, ela cai, o papel também recua. Nesta segunda, por exemplo, a aplicação com vencimento em 2027 paga a Selic mais 0,0377%.
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Um total de R$ 1.000 nesse papel pularia para R$ 1.198,64 líquidos em dois anos, já descontados R$ 35,05 de IR. Uma aplicação de R$ 50 mil, por outro lado, teria rendimento líquido de R$ 9.728,50, pulando para R$ 59.728,50 (o valor já desconsidera R$ 1.752,74 de IR e R$ 188,42 de taxa da B3). Veja abaixo simulações com outros valores:
Valor | Aplicação mais rendimento líquido* |
R$ 1 mil | R$ 1.198,64 |
R$ 5 mil | R$ 5.993,21 |
R$ 20 mil | R$ 23.917,53 |
R$ 50 mil | R$ 59.728,50 |
R$ 100 mil | R$ 119.413,43 |
*Valor líquido, com a dedução da taxa da B3 e do IR. Data de resgate: 16/12/2026.
Tesouro Prefixado
O Tesouro Prefixado é o papel do governo que tem a taxa de retorno conhecida no ato da aquisição. No vencimento, portanto, o investidor terá de volta o valor aplicado corrigido pela taxa de face do título. Hoje, o papel para 2027 oferece retorno de 15,34% ao ano. Apesar de essa aplicação ser a mais rentável no momento, é também a mais arriscada, segundo especialistas, pois seus retornos não serão corrigidos por taxas flutuantes que refletem o momento do mercado.
Se o investidor colocasse R$ 1.000 no título nesta segunda, teria R$ 1.273,74 líquidos em dois anos, já descontados IR de R$ 49,21 e R$ 4,60 de taxa da B3. Já se investisse R$ 50 mil, teria R$ 63.685,46 no mesmo período, descontados R$ 2.460,50 de IR e R$ 231,63 de taxa da B3. Confira abaixo as simulações com outros valores:
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Valor | Aplicação mais rendimento líquido* |
R$ 1 mil | R$ 1.273,74 |
R$ 5 mil | R$ 6.368,57 |
R$ 20 mil | R$ 25.474,20 |
R$ 50 mil | R$ 63.685,46 |
R$ 100 mil | R$ 127.370,90 |
*Valor líquido, com a dedução da taxa da B3 e do IR. Data de resgate: 16/12/2026.
Cuidado com o vencimento
As simulações apresentadas consideram prazos de dois anos, o que implica resgate antecipado na maioria dos casos. Contudo, é essencial que o investidor esteja ciente de que os valores simulados podem não refletir a realidade. Resgatar um título antes do vencimento pode impactar diretamente o retorno, pois condições de mercado desfavoráveis no momento da venda podem desvalorizar o papel, reduzindo o rendimento final da aplicação na chamada “marcação a mercado”.