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A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) espera que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil tenha, em 2024 crescimento de 4,1% – patamar bem acima do originalmente previsto. “O desempenho da construção neste ano surpreendeu”, afirmou a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos, durante entrevista coletiva à imprensa. “Durante o ano fomos surpreendidos com algumas notícias positivas”, explicou.
Esta é a quarta vez que a CBIC revisa para cima suas projeções de crescimento para o PIB da Construção. No começo do ano, a instituição havia anunciado previsão de aumento de 1,3%. Em abril, a projeção foi elevada para 2,3%, em julho foi para 3,0%, e em outubro 3,5%.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB da Construção já cresceu 4,1% nos três primeiros trimestres de 2024 em relação a igual período do ano anterior. “Isso aconteceu pelo maior dinamismo da economia brasileira e do mercado imobiliário”, afirmou Vasconcelos.
A economista da CBIC citou o crescimento significativo do nível de emprego e renda no País, com a demanda por imóveis mantendo-se bastante aquecida, acompanhada de ampliação dos financiamentos bancários e dos incentivos à habitação por meio do Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Os lançamentos chegaram a 259.863 unidades no acumulado dos nove primeiros meses do ano, subida de 17,3% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas no ano totalizaram 292.557 unidades, um crescimento de 19,7%, segundo a CBIC. Ou seja, houve mais vendas que lançamentos, um sinal de mercado aquecido.
A economista da CBIC apontou ainda que o desempenho positivo da construção neste ano também impulsionou a produção de materiais, que cresceu 5,3% no ano. Aqui, a alta foi puxada também pelo consumo da famílias para fins de pequenas obras e reformas.
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Outro ponto que contribuiu para o aumento do PIB da construção foram os investimentos em obras públicas, muito associadas às eleições municipais.
De janeiro a outubro, setor da construção gerou 230,8 mil vagas de trabalho (saldo entre admitidos e desligados). Com isso, o total de pessoas empregadas na área chegou a 2,978 milhões, aproximando-se do recorde histórico, que foi de 3,063 milhões em 2014.