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Por trás da chegada do Bitcoin aos US$ 100 mil na semana passada há diversos motivos. Segundo Maria Irene Jordão, analista global da XP, trata-se de um somatório de acontecimentos ao longo do ano que fez a criptomoeda chegar à impressionante valorização desde janeiro até última sexta (6) de 128%.
Ela participou do programa Morning Call da XP e disse que especificamente sobre o avanço da moeda digital na semana passada, que fez ela bater os US$ 100 mil, se refere a uma nomeação do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para compor o seu governo.
Nomeação para a SEC
Trata-se da indicação de Paul Atkins para a presidência da Security Exchange Comission (SEC), que é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) americana. A agência federal é responsável pela regulação e controle do mercado financeiro dos EUA.
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A analista afirma que Atkins é pró-criptomoedas. Além disso, Maria Irene Jordão destaca que Trump anunciou no final de semana a criação de um comitê especial para inteligência artificial e criptomoedas, que vai ser liderada por David Sachs, um dos principais arrecadadores da campanha do republicano.
“Trump vinha dando indícios desde lá de trás que é bastante favorável a temática das criptomoedas”, disse Jordão. “E essas duas nomeações criam cenário favorável para regulações do Bitcoin”, complementou.
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Falta de regulação
“Hoje, o grande problema de Bitcoin é a falta de regulação, que acaba fazendo com que casos relacionados à cripto vão parar na justiça de forma muita incerta, sem saber o que pode acontecer no final”, explicou.
Mas a analista global aponta que há fatores ocorridos ao longo do ano que moveram a moeda digital para cima, além da própria eleição de Donald Trump em novembro, que se apresentou como pró-cripto durante a campanha. “A adoção do tema por investidores institucionais levou uma alta muito forte do Bitcoin no início do ano”, afirmou.
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Ela lembrou que a adoção da criptomoeda pelos investidores institucionais se deu muito por conta da aprovação dos ETFs de Bitcoin, que hoje existem na bolsa americana.
A analista lembrou ainda do halving, evento que acontece a cada quatro anos e limita a oferta do Bitcoin do mercado, ocorrido em abril, e que também impulsionou a cripto.
“O Trump promete transformar os Estados Unidos na capital mundial das criptomoedas e apenas na semana passada a alta foi de 4,1%”, ressaltou ela.