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O parlamento da Coreia do Sul aprovou nesta terça-feira (3) uma moção exigindo que a lei marcial declarada pelo presidente Yoon Suk Yeol seja suspensa, mostrou a mídia local. A sessão, que se prolonga pela madrugada da quarta-feira no horário local, conta com 190 dos 300 membros presentes.
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial de emergência no país horas antes, acusando a oposição de colaborar com a Coreia do Norte.
“Para salvaguardar uma Coreia do Sul liberal das ameaças representadas pelas forças comunistas da Coreia do Norte e eliminar elementos antiestado… Declaro lei marcial de emergência”, disse o presidente em um discurso televisionado ao vivo pela pela emissora local YTN.
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De acordo com a legislação sul-coreana, a lei marcial pode ser suspensa com uma votação majoritária no parlamento. Em resposta ao decreto presidencial, o presidente da Assembleia Nacional convocou uma reunião de emergência, transmitida em seu canal no YouTube, pedindo que legisladores votassem pela suspensão.
Horas antes, forças de segurança bloquearam os acessos ao edifício do Parlamento, com policiais e soldados armados restringindo a entrada. Testemunhas relataram a presença de helicópteros militares pousando dentro do complexo da Assembleia Nacional, enquanto outros sobrevoavam o local.
Após o anúncio do presidente sobre a imposição de lei marcial, os militares sul-coreanos declararam a suspensão de reuniões parlamentares e outras atividades políticas que pudessem gerar “confusão social”, segundo a agência Yonhap.
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Além disso, os militares ordenaram que médicos em greve retornassem ao trabalho em até 48 horas, com a ameaça de prisão sem mandado para quem descumprisse o decreto. A greve dos médicos, que já dura meses, foi motivada por planos do governo de aumentar o número de vagas nas faculdades de medicina, mas tornou-se um dos focos da crise.
Membros do partido de aposição chegaram a posicionar móveis nas entradas do Parlamento para impedir a entrada de militares. Milhares de manifestantes também se deslocaram para o prédio, e uma manifestante chegou a deitar sob um veículo militar para evitar que ele se movesse.
No entanto, pouco depois, os militares conseguiram acesso ao Parlamento. Imagens mostram soldados lançando mão de bombas de gás.
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(Com agências internacionais)