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Vice-presidente de Tecnologia da IBM, Joaquim Campos relata que a inteligência artificial (IA) sempre fez parte da história da gigante americana de tecnologia da informação. E o assunto está avançado rápido na empresa nos últimos tempos.
“No ano passado, a IBM foi líder em patentes de inteligência artificial. São mais de 1.500 patentes de inteligência artificial que a IBM disponibilizou ao longo de 2023”, afirma ele, que participou do episódio 7 do programa AcelerAI, no canal XP Educação, apresentado por Diogo França, CTO e head de produtos da Faculdade XP.
A IBM prevê uma forte convergência da inteligência artificial tradicional com a inteligência artificial generativa. “Até 2030, a gente vai ter aproximadamente 30% do que é consumida de IA globalmente, sendo consumida na IA generativa”, diz.
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Precisão
“A IA tradicional é muito mais precisa e muito menos sujeita a erros. Por outro lado, para se lançar um projeto com IA tradicional você tem que investir mais recursos e mais tempo”, afirma ele.
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Segundo o executivo da IBM, para se desenvolver uma iniciativa de IA tradicional que permita chegar ao alto nível de precisão e com capacidade de entender a solicitação e dar uma resposta adequada ao cliente, leva-se, em geral, de 4 a 10 meses para entregar o projeto.
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“O prazo médio de um projeto de IA generativa deixa de ser de 4 a 10 meses e passa a ser um prazo médio de semanas. A gente tem feito uma centena de projetos de IA generativa e, em geral, eles levam de 3 a 8 semanas para serem entregues”, conta.
A IBM, ao longo de sua história, sempre teve protagonismo relacionado ao tratamento de dados, essência da IA, desde que lançou em 1964 a sua primeira família de computadores.
O marcante jogo de xadrez
“O momento em que se tornou muito visível os investimentos na inteligência artificial foi quando participou de duas partidas de xadrez com Garry Kasparov em 1996 e 1997”, lembra Joaquim Campos. Na época, o equipamento desenvolvido pela IBM para a disputa perdeu a primeira partida contra o azerbaijano e ganhou a segunda.
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Os investimentos seguiram, até o desenvolvimento e comercialização do sistema Watson, capaz de analisar uma quantidade relevante de dados e prover respostas.
“Por volta de 2018, a gente lançou um programa chamado Project Debater, que é o embrião do que a gente vê hoje como IA generativa”, destaca o executivo.
“Uma das coisas que diferencia IA generativa da tradicional é o comportamento: você pergunta, ela entende e te responde quase como um ser humano”, explica.
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Boom da IA generativa
O vice-presidente da IBM conta que em 2022 ocorreu o boom da IA generativa com a disponibilização da tecnologia diretamente ao consumidor. “De 2022 adiante, a IA deixou de ser exclusivo dos negócios e passou a ser algo que qualquer um consome”, afirma.
“O desafio (da IA) é que muitas vezes líderes não utilizam esses sistemas com tanta frequência e cada vez que eles precisam usá-los é um desafio grande”, diz.
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“Mas as empresas que conseguirem virar essa chave mais cedo, vão entregar mais resultado com inteligência artificial e vão se diferenciar de seus competidores”, ressalta.
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