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A JBS (JBSS3) é a principal escolha (top pick) da XP Investimentos nos setores de agronegócio e alimentos e bebidas depois de um terceiro trimestre de 2024 (3T24) sólido, informou a corretora em relatório. A empresa, uma das maiores processadoras de proteínas do mundo, foi escolhida com base em sua diversificação geográfica, adaptabilidade operacional e sólida gestão financeira, segundo os analistas.
A aposta da XP na JBS ocorre na sequência das revisões feitas pelo Bank of America (BofA) e Itaú BBA para as proteínas brasileiras. O relatório da XP enfatiza que a JBS tem se beneficiado de sua ampla presença global, que permite mitigar riscos localizados e aproveitar oportunidades em diferentes mercados. Além disso, o câmbio favorável devido à valorização do dólar tem impulsionado a receita da companhia, já que boa parte de suas operações está fora do Brasil.
Outro ponto de destaque, conforme os estrategistas, é a capacidade da JBS de inovar em seus produtos e explorar novos segmentos, como a produção de proteínas alternativas e a ampliação de sua presença no mercado de alimentos processados. “Essa diversificação não apenas proporciona maior estabilidade para a companhia, mas também aprimora sua capacidade de arbitragem entre regiões”, explica o relatório. A XP diz ainda que vê essas iniciativas como estratégicas para manter a competitividade da empresa no longo prazo.
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Os analistas da corretora reforçam que a empresa apresenta múltiplos atrativos no mercado de capitais, com uma avaliação descontada em relação a seus pares internacionais.
Além disso, o setor de agronegócio e alimentos e Bebidas tem mostrado invulnerabilidade frente a cenários macroeconômicos dificultosos, o que torna empresas como a JBS uma opção defensiva para investidores em busca de equilíbrio entre risco e retorno. “Embora reconheçamos que as ações enfrentam alguns desafios de curto prazo, particularmente devido à sazonalidade mais fraca nos EUA no 4T e à pressão do desinvestimento do BNDES, acreditamos que as ações devem ser reavaliadas assim que o mercado ganhar mais clareza sobre os lucros de 2025”, completa o documento.
Oportunidade imediata
Enquanto a JBS tem uma perspectiva estrutural mais sólida, a BRF (BRFS3) oferece oportunidades táticas mais interessantes para investidores que buscam ganhos no curto prazo, de acordo com o relatório. Com uma sazonalidade positiva esperada para os lucros do quarto trimestre deste ano, a BRF deve se beneficiar do aumento da demanda por frango, especialmente no mercado interno e de exportação. Os analistas observam que a empresa possui um beta mais alto em relação ao ciclo de aves, o que significa que suas ações podem ser mais voláteis, mas com maior potencial de retorno.
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A recente queda de 5% nas ações da BRF foi atribuída a investidores realizando lucros após os bons resultados do terceiro trimestre e preocupações com a desaceleração no aumento da produção de pintinhos. No entanto, para os analistas da XP, essa queda é vista como uma oportunidade de compra, já que a desaceleração no abate de gado e a forte demanda doméstica e externa para o frango devem garantir um bom desempenho para a empresa no futuro próximo.
Com a oferta de carne bovina e suína limitada, e a crescente demanda por frango, tanto a JBS quanto a BRF estão bem posicionadas para se beneficiar, diz a XP. O que a corretora quer dizer é que a escolha entre ambas depende do perfil do investidor: enquanto a aposta da JBS continua sendo no crescimento estrutural e nas vantagens de sua diversificação global, a BRF oferece uma oportunidade tática mais imediata, com potencial de ganhos no curto prazo, especialmente em um cenário de alta sazonalidade e forte demanda por proteínas.
Veja as recomendações da XP para as ações de proteínas da Bolsa:
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