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O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, levantou preocupações sobre direitos humanos e Taiwan em sua primeira reunião com o presidente Xi Jinping, o que levou os oficiais chineses a pedirem que os jornalistas saíssem da sala.
“Estou muito satisfeito que meu secretário de Relações Exteriores e o Ministro das Relações Exteriores Wang se encontraram recentemente para discutir preocupações respectivas, incluindo direitos humanos e sanções parlamentares, Taiwan, o Mar do Sul da China e nosso interesse compartilhado em Hong Kong”, disse Starmer a Xi em uma reunião na segunda-feira (18) no Rio de Janeiro, Brasil, onde os líderes estão se reunindo para a cúpula do G20.
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A aliança conta com 147 membros fundadores, dos quais 81 países, a União Africana, a União Europeia, 24 organizações internacionais, 9 instituições financeiras internacionais e 31 organizações filantrópicas
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“Estamos preocupados com os relatos sobre a deterioração da saúde de Jimmy Lai”, acrescentou o primeiro-ministro, referindo-se ao ex-magnata da mídia de Hong Kong e defensor da democracia, acusado de sedição e conluio sob uma lei de segurança imposta por Pequim. Seu julgamento será retomado na quarta-feira, e Lai deve testemunhar pela primeira vez.
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O encontro constrangedor demonstra o desafio para Starmer enquanto busca um descongelamento nas relações com Pequim, após anos de relações frias sob a administração anterior dos Conservadores em Londres.
Direitos humanos e Taiwan estão entre os tópicos mais sensíveis para a China, dois dos quatro “linhas vermelhas” que Xi delineou em sua reunião no sábado com o presidente dos EUA, Joe Biden. As outras incluem conter a ascensão econômica da China e desafiar a supremacia do Partido Comunista.
A China reivindica Taiwan como seu próprio território e ameaçou tomar a ilha pela força, se necessário.
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O comunicado chinês sobre a reunião não fez referência a Taiwan ou direitos humanos, afirmando apenas que Xi buscava cooperação para aumentar o comércio, investimento e finanças com o Reino Unido. O líder chinês tem utilizado suas visitas às cúpulas da APEC e do G-20 para fortalecer laços com aliados dos EUA e parceiros de segurança antes da presidência de Donald Trump, que ameaçou impor tarifas de 60% sobre a segunda maior economia do mundo.
Embora as duas nações tenham valores e sistemas sociais diferentes, “devem ver o desenvolvimento uma da outra de forma racional e objetiva”, disse Xi a Starmer, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China.
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