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Como equilibrar risco e retorno em momentos adversos – sem desanimar o cliente

Knox e CSM apontam a necessidade de proximidade com o cliente em momento de maior instabilidade

Augusto Diniz

Otavio Fiuza, sócio da Knox
Otavio Fiuza, sócio da Knox

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O cenário macroeconômico cada vez mais desafiador tem exigido das assessorias maior atenção na estratégia de alocação. Além da rentabilidade, o foco tem sido atenuar a volatilidade dos portfólios e preservar o patrimônio dos clientes.

“A gente tem buscado, de certa forma, estabilidade em termos de alocação e de riscos”, diz Otavio Fiuza, sócio da Knox Capital, escritório que atingiu R$ 5 bilhões sob custódia. “É um processo que a gente distribui ativos em uma carteira de forma estratégica, buscando equilibrar o melhor nível de risco-retorno”, explica.

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Em 2024, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, acumula perdas de quase 5%, puxado principalmente pela tendência de alta da Selic – que reduz a atratividade dos ativos de maior risco, como as ações. Incertezas fiscais também têm preocupado o mercado e elevado os juros futuros – aumentando a atratividade da renda fixa.

O momento também é visto como oportuno para intensificar o trabalho de educação junto ao cliente, lembra Charles Susskind, sócio da CMS Invest, assessoria fundada em 2008.

“É preciso fazer o cliente entender a estratégica de alocação [como um todo] e não apenas na rentabilidade mês a mês”, afirma. “Falamos constantemente com nossos assessores que a nossa função não é gerar riqueza, mas cuidar do patrimônio do investidor”, acrescenta.

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Neste sentido, acrescenta o executivo, um velho conceito do mercado financeiro ganha ainda mais relevância: a diversificação.

“Vamos acertar em um momento e vamos errar em outro”, contextualiza. “Quando não acertamos, claro, não ficamos satisfeito com o resultado, mas também não destruiremos o patrimônio do cliente”, ressalta.

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Fiuza, da Knox Capital, vai na mesma linha e destaca que, em momentos como o atual, ou seja, de maior adversidade, seu escritório tende a abrir mão do retorno para oferecer mais estabilidade e segurança ao portfólio do investidor.

“Qualquer alocação tem que ser justificada de certa forma por prêmio de risco muito atrativo, sem perder a qualidade e o bom nível de segurança de crédito”, afirma.

Ele também reforça que o alinhamento dos objetivos, interesses e, principalmente, horizonte de investimento do cliente é fundamental em tempos de maior incerteza.