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O governo Milei anunciou nesta quinta-feira (14) a suspensão da “aposentadoria de privilégio” que Cristina Kirchner recebia por ter sido presidente da Argentina.
O porta-voz presidencial Manuel Adorni justificou a anulação alegando que Kirchner foi condenada por administração fraudulenta, o que contraria os princípios de honra e mérito que deveriam fundamentar tais benefícios.
Cristina teve uma condenação a seis anos de prisão por fraude estatal confirmada na quarta-feira (13) por um tribunal superior da Argentina, o que também a desqualifica para ocupar cargos públicos.
A medida, segundo Adorni, resultará em uma economia de 21.827.624 pesos (cerca de R$ 125 mil) para os cidadãos argentinos.
A ex-presidente Cristina Kirchner respondeu à decisão chamando o presidente Javier Milei de “pequeno ditadorzinho”. Dos Estados Unidos, onde se prepara para se encontrar com o presidente eleito Donald Trump, Milei afirmou: “Quem faz, paga”.
Adorni esclareceu que, mesmo com a suspensão da aposentadoria de privilégio, Cristina Kirchner ainda poderá receber uma pensão e aposentadoria com base em suas contribuições, mas não mais por meio de benefícios adicionais. A ex-presidente pode recorrer à Justiça para contestar essas mudanças.
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Atualmente, o Estado argentino paga nove pensões vitalícias a ex-presidentes e ex-vice-presidentes, além de pensões a viúvas e filhos de ex-mandatários. Os valores variam de 5 a 21 milhões de pesos, com Cristina Kirchner recebendo duas aposentadorias, uma delas como viúva de Néstor Kirchner. O porta-voz presidencial informou que a pensão também foi anulada.