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SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) – O setor de serviços do Brasil registrou aumento acima do esperado no volume em setembro, mostrando resiliência no final do terceiro trimestre ao renovar o ponto mais alto da série histórica.
Em setembro, o volume de serviços apresentou alta de 1,0% em relação a agosto, e na comparação com o mesmo mês do ano passado foi registrado crescimento de 4,0%.
O dado mensal, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra retomada do setor depois de uma queda de 0,3% em agosto.
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Com isso, o setor de serviços renova o ponto mais alto de sua série, e o volume total está 16,4% acima do patamar pré-pandemia, de acordo com o IBGE.
Os resultados foram ainda melhores do que as expectativas em pesquisa da Reuters de avanço de 0,7% na comparação mensal e de 3,5% na anual.
Os serviços vêm sendo um fator importante de impulso para a economia este ano, em meio a um mercado de trabalho favorável, aumento da renda e do crédito.
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No entanto, assim como a economia, ele deve perder um pouco de ritmo no segundo semestre, em meio ao aumento da taxa básica de juros promovido pelo Banco Central, que já levou a Selic a 11,25%.
“Para o futuro, esperamos que esse cenário se mantenha ao longo do ano, apesar da recente deterioração do quadro inflacionário e da consequente necessidade da elevação da taxa de juros”, apontou Igor Cadilhac, economista do PicPay.
O IBGE destacou que, em setembro, quatro das cinco atividades mostraram expansão em relação a agosto. A maior influência positiva no índice do mês foi dada por serviços profissionais, administrativos e complementares, com alta de 1,4%.
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As outras altas vieram em informação e comunicação (1,0%); transportes (0,7%) e serviços prestados às famílias (0,4%). O único recuo do mês foi em outros serviços, de 0,3%.
Já o índice de atividades turísticas subiu 0,5% em setembro sobre o mês anterior, e o segmento agora está 8,1% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 0,2% abaixo do ponto mais alto da série, de fevereiro de 2014.
Entre os locais pesquisados, o Rio de Janeiro deu a contribuição positiva mais relevante, com alta de 14,9%, devido à realização do Rock in Rio.
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“Shows e eventos musicais sempre têm efeito de transbordamento para outros setores, como transporte aéreo, hospedagem e até para bares e restaurantes”, disse Rodrigo Logo, gerente da pesquisa no IBGE.
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