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Dólar fecha com alta, a R$ 5,79, em dia de “Trump Trade” e olho no fiscal no Brasil

Comentários de Haddad no fim da tarde ajudaram a aliviar as cotações.

Reuters

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O dólar voltou a subir ante o real nesta quarta-feira, mesmo com o Banco Central despejando 4 bilhões de dólares no mercado, em leilão no início da tarde, com as cotações no Brasil acompanhando o avanço firme da moeda norte-americana no exterior, em mais um dia de “Trump trade”.

Comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no fim da tarde ajudaram a aliviar as cotações.

O dólar subia ante o real neste início de tarde de quarta-feira, em sintonia com o avanço firme da moeda norte-americana ante boa parte das demais divisas no exterior, recuperando-se das perdas de mais cedo.

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O cancelamento dos dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra no futuro) a serem realizados pelo Banco Central mais cedo, em função de problemas operacionais, acabou colocando parte dos investidores novamente na ponta de compra da moeda norte-americana, o que impulsionou as cotações.

Embora o BC tenha realizado os leilões posteriormente, no início da tarde, o dólar à vista permaneceu no território positivo.

Ainda em destaque, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,2% em outubro ante setembro, mantendo assim a variação do mês anterior. Os dados vieram em linha com o esperado, uma vez que o consenso LSEG de analistas projetava variação de +0,2% na leitura mensal.

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Qual foi a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou o dia em alta de 0,32%, cotado a 5,7917 reais. Em novembro, a divisa acumula elevação de 0,18%.

Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,92%, a 5,8100 reais na venda.

Dólar comercial

Dólar turismo

Compra: R$ 5,785

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Venda: R$ 5,965

O que acontece com o dólar hoje?

Pela manhã a moeda norte-americana chegou a oscilar em baixa firme, com o mercado à espera dos dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) anunciados pelo Banco Central anunciados na véspera. A queda ocorria na expectativa da injeção de 4 bilhões de dólares no mercado pela manhã, para atender demanda.

Tradicionalmente o BC realiza operações de linha nos últimos meses do ano para suprir a demanda de empresas e fundos, entre outros, que precisam enviar lucros e dividendos ao exterior.

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Pouco depois do horário marcado para as operações, no entanto, o BC anunciou o cancelamento em função de “problemas operacionais”. Ao mesmo tempo, informou que os leilões ainda seriam realizados, mas em outro horário.

O cancelamento gerou mal-estar no mercado, ainda que o BC tenha deixado claro que as operações seriam realizadas.

Assim, após marcar a cotação mínima de 5,7222 reais (-0,89%) às 10h38, o dólar à vista migrou para o território positivo.

No início da tarde, o BC finalmente realizou os leilões, vendendo o total de 4 bilhões de dólares ofertados — 2 bilhões de dólares com data de recompra em 2 de abril de 2025 e 2 bilhões com recompra para 2 de julho de 2025.

Mesmo com a colocação, o dólar seguiu no território positivo.

“Não fazia sentido (a alta do dólar com o cancelamento do leilão pelo BC), porque anunciaram que ainda seria feito. A alta do dólar tem mais de exterior do que de leilão”, ponderou durante a tarde Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset.

Lá fora, o avanço da moeda norte-americana ocorria ainda em função da vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA na semana passada. Isso tem gerado expectativas de tarifas de importação potencialmente inflacionárias e outras medidas que favorecem o dólar.

A demora do governo Lula em anunciar seu pacote na área fiscal também sustentava o dólar no Brasil. Às 15h48 a moeda norte-americana à vista marcou a cotação máxima de 5,8167 reais (+0,75%).

Pouco depois deste horário, no entanto, Haddad deu declarações sobre o pacote fiscal, o que serviu para desinflar as cotações do dólar e o avanço das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros).

O ministro da Fazenda afirmou que o impacto fiscal do pacote será “expressivo”, argumentando que a ideia é fazer rubricas do Orçamento se enquadrarem na regra de crescimento de despesa do arcabouço fiscal.

“Mais do que o número, que é expressivo, mais do que o número, que na opinião da Fazenda reforça o nosso compromisso de manter as regras fiscais estabelecidas desde o ano passado, mais do que isso é o conceito que nós utilizamos para fazer prevalecer essa ideia de que as rubricas devem todas elas, na medida do possível, ir sendo incorporadas a essa visão geral do arcabouço para que ele seja sustentável no tempo”, disse.

Após os comentários de Haddad, o dólar à vista retornou para abaixo dos 5,80 reais.

No exterior, às 17h18, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,47%, a 106,490.

(Com Reuters)

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