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A Porto (PSSA3) registrou lucro líquido de R$ 739,1 milhões no terceiro trimestre de 2024. O valor é 32,3% maior que o obtido no mesmo período do ano passado.
O retorno sobre patrimônio da companhia (ROAE) passou de 18,5%, no segundo trimestre, para 22,9%. Todas as verticais de negócio ultrapassaram rentabilidade de 20%, afirma a empresa.
A receita líquida cresceu 11% em relação ao terceiro trimestre de 2023, para R$ 9,5 bilhões. A companhia atribuiu o avanço de dois dígitos no faturamento ao crescimento de sua base, que somava 18 milhões de clientes ao final do período.
A vertical Porto Seguro, que corresponde a aproximadamente 60% do resultado, registrou uma ligeira queda de receita, de 0,2%, na comparação com um ano atrás. O detrator dessa linha do balanço foi o seguro de automóveis, cujas receitas recuaram 4,6%.
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Por outro lado, a estabilidade do faturamento foi garantida por um crescimento de 8,1% em seguro patrimonial e de 10,4% em vida.
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Paulo Kakinoff, CEO da Porto, lembra que o seguro “auto” já chegou a representar mais de 80% da receita da companhia. Hoje, essa fatia foi reduzida a pouco mais de um terço e ainda que cresça mantém “a tendência de representar menos de um terço”.
Segundo ele, a única forma de ganhar participação de mercado nesse segmento hoje é com abordagens agressivas, que a Porto não adota.
A sinistralidade de seguros, que havia ficado em 52,5% no segundo trimestre, com impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, caiu para 50,8% no período encerrado em setembro.
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Projeções revisadas
O balanço do terceiro trimestre da Porto veio acompanhado de duas revisões de guidance. Agora, a companhia prevê que a sinistralidade em saúde fique entre 77,5% e 77,9%. A previsão anterior estava entre 77,7% e 78,2%.
A outra revisão foi sobre a receita da vertical bancária, que deve crescer entre 18% e 24% – o guidance anterior apontava para crescimento entre 13% e 19%.
Essas são duas verticais que tiveram contribuição relevante nos resultados trimestrais da Porto. As receitas do negócio de saúde cresceram 41,5% na comparação anual, enquanto o número de beneficiários atingiu 641 mil vidas, com crescimento de 25,7%. O lucro da divisão mais que dobrou (com alta de 104,7%), para R$ 76,7 milhões.
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Na vertical Porto Bank, as receitas cresceram 24,1% – a empresa informa que todos os negócios da divisão tiveram expansão no período. Destaque para a parte de consórcios, com crescimento de 37,6%.
Por fim, a vertical Porto Serviço, prestes a completar um ano como divisão independente, faturou R$ 620,1 milhões no trimestre. Cerca de 24% das receitas da unidade de negócio foram obtidos de forma independente da vertical de seguros.
Melhora no resultado financeiro
Em relação ao resultado financeiro, a receita das aplicações excluindo ALM (Asset and Liability Management) foi de R$ 293,6 milhões, o que representa uma rentabilidade equivalente a 83,2% do CDI (impactada pelo desempenho em renda fixa indexados à inflação e pré-fixados). O resultado financeiro líquido foi de R$ 246,4 milhões.
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O índice de eficiência operacional, que abrange a soma das despesas administrativas em relação à receita total, alcançou 11,1%, permanecendo praticamente estável em comparação a um ano antes.