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“É preciso evitar decisões emocionadas” com Selic a 11,25%, sugere InvestSmart

Cenário de aperto monetário reforça figura do assessor de investimentos, diz diretor de alocação do escritório, André Meirelles

Equipe InfoMoney

André Meirelles, diretor de alocação da InvestSmart (Foto: divulgação)
André Meirelles, diretor de alocação da InvestSmart (Foto: divulgação)

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil elevou a taxa básica de juros (Selic) em 50 pontos-base, para em 11,25% ao ano, o segundo aumento consecutivo do indicador. O movimento reforça a figura do assessor de investimento para evitar “decisões emocionadas”, diz André Meirelles, diretor de alocação da InvestSmart, escritório com R$ 26 bilhões de patrimônio sob custódia e operação em 102 cidades brasileiras.

“Esse aumento é justificado por um cenário nacional mais desafiador, com atividade econômica forte – expectativa de crescimento de PIB de 3% esse ano –, um mercado de trabalho apertado com taxa de desemprego na mínima histórica e incertezas sobre a sustentabilidade da dívida pública, que contaminou também as expectativas de inflação”, contextualiza.

Ele lembra que o cenário internacional – que tinha um desenho positivo de queda nos juros – também se torna mais incerto, já que o FED (banco central dos Estados Unidos) provavelmente vai diminuir a velocidade da redução nos juros, depois de ter iniciado o corte a uma magnitude maior do que o mercado esperava de maneira errônea.

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Diante do panorama, Meirelles reforça o discurso de que os ativos atrelados à taxa do CDI – que tem a Selic como referência – se tornam mais atrativos para o investidor, trazendo fluxo para a renda fixa que fica mais rentável, e deteriorando o preço dos ativos de maior risco – como ações e fundos imobiliários de “tijolo”.

“Em momentos adversos para ativos de risco, a figura do assessor de investimentos é essencial para direcionar o cliente no investimento de renda variável, evitando decisões emocionadas baseadas no passado e trazendo racionalidade”, pontua.  “Assim, é válido montar uma estratégia direcionada a ações que podem se beneficiar com um cenário de juros altos e com baixa alavancagem”, sugere o especialista, que destaca a importância cada vez maior de uma carteira diversificada – mesmo a estratégia sendo extraordinariamente desafiada ao longo do ano.  

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O desafiador ano de 2024

Após o encontro desta semana, o Copom do Banco Central volta a se reunir nos dias 10 e 11 de dezembro, na última reunião de 2024, ano marcado por um CDI que desafiou até a boa prática da diversificação, avalia Meirelles.

“No ano de 2024 preponderou a alocação em crédito, uma vez que o CDI foi um dos índices mais performáticos do Brasil e o spread de crédito fechou bastante”, contextualiza. “Isso fez com que mesmo uma carteira diversificada entre diferentes classes dificilmente conseguisse atingir a rentabilidade desse índice”, pondera.  

Segundo o diretor de alocação da InvestSmart, até os fundos de renda fixa ativo estão com dificuldades de superar a taxa do CDI – o que costuma ser raro, reforça.

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Os juros altos, acrescenta, comprometem também a saúde de empresas que estão alavancadas e enfrentam dificuldades de reestruturar suas dívidas. Por isso, relembra, durante o ano houve eventos de crédito, principalmente entre os high yield (títulos de dívida com maior risco).

“E nesses períodos, mais uma vez, é essencial a presença de um bom assessor de investimentos, que esteja acompanhando o mercado e notícias para ajudar o cliente a escolher ativos saudáveis e entender o risco de cada forma de aplicação”, orienta. “Nesse final de ano vale manter a racionalidade e entender os preços atuais, inclusive, como oportunidades de investimento porque a construção de patrimônio é maratona e não sprint”, finaliza.

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