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Após uma sessão focada na repercussão do resultado das eleições dos Estados Unidos, que foram vencidas por Donald Trump, o destaque de amanhã deverá ser a reação ao aumento da taxa de juros Selic.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu ontem elevar a taxa básica de juros (Selic) em 50 pontos-base, para 11,25% ao ano, conforme esperado pelo mercado. A decisão do colegiado de diretores do BC foi unânime – todos os nove membros do Copom votaram pela alta nessa magnitude.
Mas o dia não dará muito tempo para investidores digerirem a mudança da taxa de juros lá fora pois será anunciada a decisão do Federal Open Market Comittee (FOMC) do Federal Reserve. O ajuste esperado é de corte de 0,25 p.p..
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Além do anúncio da nova taxa lá fora, investidores acompanharão de perto as falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, na coletiva que acontece na sequência, às 16h30.
Já na parte da noite, o mercado aguarda a divulgação dos dados de Petrobras (PETR4) para o terceiro trimestre de 2024. Além da apresentação dos dados da petroleira, mais de 20 outros resultados serão apresentados, de nomes como Fleury (FLRY3), Alpargatas (ALPA4), Vivara (VIVA3) e Magazine Luiza (MGLU3).
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- Confira as projeções para Petrobras e demais estimativas do consenso LSEG:
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O que vai mexer com o mercado nesta quinta
Agenda
A diretoria do Banco Central segue sem agendas externas, em respeito às regras do Silencio do Copom. Os diretores podem voltar à participar de compromissos externos não aderentes às regras apenas após a publicação da ata da reunião que ocorreu ontem.
O principal compromisso do dia do ministro Fernando Haddad será reunião com o presidente Lula, na parte da manhã. O encontro deve acontecer às 9h30 da manhã.
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Após encontro com o ministro da Fazenda, o presidente grava entrevista com Christinae Amanpour, da CNN Internacional. No fim do dia, tem reunião com Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública.
Brasil
8h – IBGE: Pesquisa Industrial Mensal – Regional (set)
14h30 – Tesouro: Resultado primário do Governo Central (set)
EUA
11h – Pedidos de auxílio desemprego (semanal)
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16h – Banco Central anunciará decisão de política monetária
17h – Fed: Crédito ao consumidor (set)
Zona do Euro
7h: Vendas no varejo
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Internacional
Índice de NY batem recordes
Os índices de ações dos Estados Unidos avançaram acentuadamente e fecharam em níveis recordes nesta quarta-feira, depois que o republicano Donald Trump venceu a eleição presidencial norte-americana, em um retorno impressionante quatro anos depois de ter perdido a reeleição à Casa Branca.
Os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam em níveis recordes, com investidores esperando impostos mais baixos, desregulamentação e um presidente dos EUA que não tem vergonha de se pronunciar sobre tudo, do mercado de ações ao dólar, embora novas tarifas possam trazer desafios na forma de déficit maior e inflação..
Economia
Pacote fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo terá na manhã de quinta-feira uma reunião para fechar o pacote de medidas fiscais, ressaltando que ainda há dois “detalhes” a serem discutidos.
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Questionado, ele não respondeu quando deverá ser feito o anúncio das medidas, muito aguardado pelos mercados financeiros, e destacou que a decisão sobre como a divulgação será feita está a cargo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo ele, deve querer apresentar as propostas para os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
“Resolvidos esses detalhes, a questão é como que o presidente vai decidir dialogar com as duas Casas, mas eu quero crer que, no final da manhã de amanhã, nós vamos estar com essas questões decididas”, disse o ministro.
Haddad também não falou sobre o teor do pacote, mas disse que devem ser enviadas ao Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei complementar.
Selic
O Banco Central decidiu nesta quarta-feira acelerar o ritmo de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 11,25% ao ano, em decisão unânime de sua diretoria que não indicou os próximos passos da política monetária, defendendo ainda que o governo adote medidas fiscais estruturais que gerem impactos para a política monetária.
Em meio à espera pelo anúncio do pacote de contenção de despesas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, a autoridade monetária afirmou que a percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem afetado “de forma relevante” os preços de ativos e as expectativas, especialmente o prêmio de risco e a taxa de câmbio.
PPP de trens
O governo de São Paulo pretende lançar, ainda neste mês, o edital da Parceria Público-Privada (PPP) para as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A concessão prevê investimentos de R$ 13,3 bilhões, segundo informações do jornal Valor.
Política
Lula parabeniza Trump
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou nesta quarta-feira Donald Trump pela vitória na eleição presidencial dos Estados Unidos, desejou “sorte e sucesso” ao novo governo dos EUA e disse que o mundo precisa de “diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade”.
Em publicação na rede social X, Lula também afirmou que “a democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada”. Trump, do Partido Republicano, obteve os votos necessários no Colégio Eleitoral para voltar à Casa Branca em janeiro, de acordo com projeção da Edison Research, derrotando assim a candidata democrata, Kamala Harris, por quem Lula havia manifestado preferência.
Brasil espera relação civilizada com EUA
O assessor especial da Presidência, embaixador Celso Amorim, avaliou nesta quarta-feira como “perfeitamente possível” que o Brasil tenha uma relação normal e civilizada com os Estados Unidos sob a liderança do republicano Donald Trump, vencedor das eleições presidenciais norte-americanas.
Em entrevista à Reuters, Amorim lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve boas relações com os EUA enquanto George W. Bush, outro republicano, era o presidente por lá, com diversos encontros bilaterais durante sua primeira passagem pela Presidêndia, mesmo com críticas brasileiras à guerra no Iraque empreendida naquele momento.