Itaú (ITUB4) deve ser a estrela da temporada dos bancões no 3T24; veja projeções

O mix da carteira de empréstimos do banco deve melhorar, impulsionado pela aceleração nos empréstimos a pessoas físicas

Equipe InfoMoney

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Após a divulgação dos números do Santander Brasil (SANB11) e Bradesco (BBDC4), que não agradaram tanto o mercado, nesta segunda-feira (4) após o fechamento é a vez do Itaú Unibanco (ITUB4) revelar seus números do terceiro trimestre de 2024 (3T24). Mais uma vez, o maior banco privado do país deve ser a estrela da temporada de balanços entre os bancões.

O Bradesco BBI estima que o Itaú publique outro conjunto sólido de resultados, com lucro líquido de R$ 10,4 bilhões (+2,8% no trimestre, +14,6% em base anual). O mix da carteira de empréstimos do banco deve melhorar, impulsionado pela aceleração nos empréstimos a pessoas físicas, ganhando participação e um melhor mix de produtos, o que provavelmente contribuirá para um maior resultado de receita com intermediação financeira com clientes, enquanto o resultado da Tesouraria deve se normalizar a partir de comparações difíceis no 2T24.

“É improvável que as despesas com provisão apresentem quaisquer grandes surpresas e as taxas de inadimplência parecem estar sob controle, então podem mostrar uma ligeira contração no trimestre”, avalia. Além disso, o Itaú deve entregar receita de tarifa estável no trimestre, com tarifas de banco de investimento impulsionadas pelas linhas de mercado de crédito (DCM), enquanto o opex (gasto operacional) deve mostrar um ligeiro aumento devido a ajustes salariais e investimentos no trimestre, mas ainda permanecendo dentro da faixa de orientação do banco de 5,0-8,0% em base anual.

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A XP também vê resultados positivos e estima um crescimento da carteira de crédito ligeiramente melhor do que no trimestre anterior, impulsionado pela parcela Pessoa Física da carteira (9,8% na base anual de crescimento). No entanto, o crescimento deve ser equilibrado entre indivíduos, empresas e PMEs. O lucro líquido deve continuar sua trajetória positiva, encerrando o trimestre em R$ 10,23 bilhões, refletindo um sólido crescimento de 13,5% ano a ano (e +1,8% no trimestre). Este lucro implica um ROAE (retorno sobre patrimônio líquido médio) de 22,9%.

A Genial vê o Itaú liderando novamente, mas desta vez de forma “isolada”, com um ROE acima de 22%, sólida expansão de lucro e aceleração no crescimento do crédito. A projeção é de um lucro líquido de R$ 10,5 bilhões, refletindo um crescimento de 4,4% ante 2T24 e 16,3% frente o 3T23, o que deve resultar em uma expansão do ROE de 0,01 ponto no trimestre e 1,34 ponto ano a ano, atingindo 22,4%.

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“Além disso, o resultado do 3T24 deve ser positivamente impactado pela reversão das provisões relacionadas ao caso Americanas (AMER3), com um ganho incremental estimado de R$ 450 milhões, elevando o lucro total para R$ 10,96 bilhões e o ROE para 23,4%”, avalia.

Isso porque, a varejista tinha, ao todo, cerca de R$ 2,7 bilhões em dívida com o banco, que já foram provisionados e baixados como prejuízo (write-off) no 4T22. Agora, ressalta a Genial, com a execução do plano de recuperação judicial, o Itaú deverá ser beneficiado pelo pagamento parcial dessas pendências, impactando positivamente o lucro do trimestre. Mesmo sem considerar esse efeito pontual da Americanas, o banco deve apresentar uma boa evolução no lucro e manter sua rentabilidade em um nível elevado, aponta a casa.

A Genial também entende que a elevação da Selic , iniciada em setembro de 2024, não deve trazer dificuldades significativas para o NII Mercado (receita de juros do mercado), uma vez que o banco costuma realizar hedge integral contra variações graduais da taxa de juros.

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