“Trump trade”, compra de ativos que vão bem no governo republicano, registra queda

Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP, alerta para a revisão de probabilidades da eleição americana após o final de semana

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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A eleição americana nesta terça (5) é o acontecimento mais importante esse ano para o mercado global, com a disputa acirrada entre a atual vice-presidente, Kamala Harris, do partido Democrata, e o ex-presidente Donald Trump, do partido Republicano.

Durante o programa Morning Call da XP nesta segunda (4), Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP, e Paulo Gitz, estrategista global da XP, comentaram sobre o assunto.

Voltando atrás

 “O mercado financeiro e também as casas de apostas, que já vinham dando como certa a vitória de Trump, voltaram atrás e passaram a rever as suas probabilidades”, disse Ferreira.

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O estrategista-chefe destaca que houve uma aproximação da Kamala em relação ao Trump nas pesquisas.

“O famoso Trump trade – compra de ativos que iriam bem num governo Trump -, principalmente com dólar mais alto e juros mais altos por mais tempo, acabou voltando atrás”, afirmou.

Ensaio de recuperação

Paulo Gitz, estrategista global da XP, acrescentou que “se na semana passada a gente falava que o Trump liderava confortavelmente tanto nos sites de apostas com no swing states, Kamala Harris hoje tem ensaiado uma recuperação”.

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Swing states ou estados-pêndulos são compostos por sete estados americanos (Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin) que são de difícil previsibilidade de vitória de republicanos e democratas nas eleições nos EUA.

De acordo com Gitz, os estados-pêndulos de Michigan e Wisconsin dão Kamala Harris líder tanto no site de apostas quantos nas pesquisas eleitorais – o restante, Trump lidera.

Sobre o fato de um instituto de pesquisa dos Estados Unidos, neste final de semana, colocar a candidata democrata na frente no estado de Iowa, a surpresa é geral, de acordo com Gitz, que falou no programa diretamente de Miami.

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“O Trump liderou a campanha inteira e com ampla margem no estado de Iowa. Isso acendeu uma luz amarela na campanha do republicano”, ressaltou.

“Mas apesar da distância menor no site de apostas e nas indefinições nos estados-pêndulos, a gente acredita que Trump é ainda favorito para levar as eleições”, complementou.

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