Atividade industrial do Brasil se mantém aquecida em outubro, mas PMI recua para 52,9

Indicador da S&P Global apontou que houve retomada das vendas internacionais no mês, o que compensou a modesta desaceleração na demanda interna;

Estadão Conteúdo

Estacionamento de fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, São Paulo (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Estacionamento de fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, São Paulo (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

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O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial do Brasil caiu a 52,9 pontos em outubro, de 53,2 pontos em setembro, segundo dados divulgados pela S&P Global nesta sexta-feira (1). Apesar da queda em relação ao mês anterior, a leitura é de um ritmo sólido de crescimento da indústria.

 

O crescimento da produção atingiu a maior alta em seis meses, impulsionado pela melhoria nas vendas internacionais.

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Em relatório, Pollyanna de Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, disse que a retomada das vendas internacionais compensou uma desaceleração modesta na demanda interna. “Notavelmente, algumas empresas relataram que os custos crescentes dos fretes internacionais levaram as empresas sul-americanas a se abastecerem localmente, aumentando a competitividade regional”, detalha.

 

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Além disso, ela destaca que o cenário positivo da demanda, atrelado a uma perspectiva otimista, estimulou as empresas a aumentarem os estoques em antecipação ao crescimento futuro das vendas. “Essa iniciativa de formação de estoques impactou positivamente diversos índices monitorados pela pesquisa, incluindo compra de insumos, emprego e produção, o que sugere uma trajetória econômica de curto prazo favorável”, pontua.

 

De acordo com a S&P, o movimento descendente no índice cheio refletiu principalmente um aumento mais lento de novos pedidos. Embora as empresas tenham indicado o décimo aumento consecutivo nas vendas totais, o ritmo de expansão diminuiu em relação ao mês anterior.

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O aumento das vendas internacionais, porém, foi o destaque de outubro, com uma recuperação sólida e a mais acelerada desde novembro de 2020. As empresas notaram uma melhoria na demanda da África, do Japão e das Américas.

 

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A S&P aponta que o aumento da produção em outubro foi sólido e o segundo em meses consecutivos. A taxa de expansão foi a mais alta desde abril e ficou bem acima da média de longo prazo da série. Em relação à inflação, os dados indicaram uma redução nas pressões sobre os custos e um aumento mais moderado nos preços de venda.

 

“Esse abrandamento poderia influenciar o Banco Central a manter as taxas de juros inalteradas, proporcionando um ambiente propício ao crescimento sustentado no setor industrial”, disse Lima.