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O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 1,2 ponto na passagem de setembro para outubro, para 89,0 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (30). Em médias móveis trimestrais, o indicador diminuiu 0,7 ponto.
Na avaliação de Geórgia Veloso, economista do FGV/Ibre, a confiança no comércio manteve a oscilação neste mês, apresentando variações negativas em ambos os horizontes temporais avaliados pela pesquisa.
O Índice de Situação Atual, por exemplo, que vinha mostrando sinais de recuperação nos últimos meses, sofreu uma nova queda, com o segundo recuo consecutivo nas avaliações sobre o volume de demanda atual.
“Esse cenário parece preocupar os empresários, que, pelo sexto mês consecutivo mantêm previsões de redução nas vendas futuras, levando o indicador para o menor patamar desde o observado no período marcado pela segunda onda de covid-19”, avaliou a economista em nota.
Em outubro, houve queda da confiança em três dos seis principais segmentos do setor, puxada pela piora da avaliação sobre o momento presente.
O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 2,2 pontos em outubro, para 90,8 pontos. O Índice de Expectativas (IE-COM) encolheu 0,1 ponto, para 87,9 pontos.
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“O quarto trimestre, tradicionalmente aquecido por eventos como Black Friday e Natal, começa de forma morna, com a confiança do setor se distanciando do nível de neutralidade, influenciada pela incerteza dos empresários em relação ao comportamento da economia na virada do ano”, completou Veloso.
Entre os quesitos que compõem o IE-COM, o item que mede as perspectivas de vendas nos próximos três meses caiu 2,1 pontos, para 82,6 pontos, sexto recuo seguido, enquanto as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses cresceram 2,0 pontos, para 93,6 pontos.
No ISA-COM, o item que avalia o volume de demanda atual recuou 0,7 ponto, para 90,1 pontos. As avaliações sobre a situação atual dos negócios diminuíram 3,8 pontos, para 91,6 pontos.
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Quanto aos fatores que estão limitando a melhoria dos negócios, os três mais mencionados em outubro foram competição, demanda insuficiente e custo financeiro. Porém, a fatia de empresas que relataram não haver impedimentos aos negócios (20,6%) é maior do que a registrada nos meses de outubro dos dois anos anteriores. Ao mesmo tempo, vem sendo observada também uma diminuição das queixas relacionadas à demanda insuficiente.