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O último debate entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), exibido pela TV Globo na noite desta sexta-feira (25), também foi marcado pela troca de acusações entre os candidatos.
Assim como ocorreu em encontros anteriores, Boulos pediu a Nunes que abrisse o sigilo bancário para esclarecer eventuais suspeitas, em meio a denúncias envolvendo a “máfia das creches” durante a atual gestão municipal.
“Para o recurso ser bem utilizado, não pode ter corrupção. Você faz parte do inquérito da máfia das creches. Você acabou admitindo que recebeu dois cheques de uma das pessoas investigadas na máfia das creches. Você alegou que foi um serviço prestado pela sua empresa. Por que foi recebido na sua conta pessoal, e não na da sua empresa?”, questionou Boulos.
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“Por que o dinheiro caiu na sua conta e não na conta da sua empresa? Você não respondeu para mim e não respondeu para a Polícia Federal, é importante que fique claro. Você não vai responder de novo. Fugir é o seu método”, prosseguiu o candidato do PSOL.
Nunes negou qualquer ilegalidade e rebateu. “É muito triste que a gente queira discutir a cidade e você venha aqui trazer essas mentiras. Você já foi condenado por colocar isso no horário eleitoral”, disse o prefeito.
“Eu nunca tive um indiciamento, nunca tive uma condenação. Tenho uma vida limpa. Todos os recebimentos da minha empresa são recebimentos de serviços prestados. Uma empresa de quase 30 anos. Ele [Boulos] não sabe o que é empreender, o que é trabalhar”, prosseguiu Nunes.
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Na sequência, o prefeito de São Paulo citou uma nota da Polícia Civil sobre a prisão de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), em 2017, entre os quais Guilherme Boulos. Nunes também acusou o adversário de ter depredado a sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
“Eu não depredei a Fiesp, é mais uma das suas mentiras”, rebateu Boulos. “Quem não deve não teme. Eu não devo e abro o meu sigilo”, replicou o deputado federal.