Nunes elogia privatização da Sabesp; Boulos rebate: “Pode virar a Enel da água”

No debate da Globo, o candidato do PSOL também criticou o serviço funerário de São Paulo sob a gestão Ricardo Nunes, gerenciado pela iniciativa privada desde o ano passado

Fábio Matos Marcos Mortari

Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo (Foto: Reprodução/TV Globo)
Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo (Foto: Reprodução/TV Globo)

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O deputado federal Guilherme Boulos, candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, criticou as privatizações e disse que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), recentemente privatizada pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) no estado de São Paulo, pode se transformar na “Enel da água”.

As declarações de Boulos foram dadas no primeiro bloco do debate promovido pela TV Globo, na noite desta sexta-feira (25). É o último encontro entre Boulos e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, antes do segundo turno das eleições municipais, no próximo domingo (27).

“A Sabesp pode virar a Enel da águia. Essa turma que acredita que privatizar resolve tudo… Olha o que está acontecendo com os cemitérios de São Paulo, o que aconteceu com a Enel e o que pode acontecer com a Sabesp”, afirmou Boulos.

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Assista a trecho do debate entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos:

O candidato do PSOL também criticou o serviço funerário de São Paulo sob a gestão Nunes, gerenciado pela iniciativa privada desde o ano passado. Boulos mencionou, ainda, o “apagão” de energia que afetou mais de 3 milhões de pessoas após as fortes chuvas do último dia 11. A Enel é a concessionária de energia do estado de São Paulo.  

“Você deixa as pessoas no pior momento”, acusou Boulos, dirigindo-se diretamente ao prefeito. “Foi o terceiro apagão do seu governo em menos de 1 ano. Você não teve pulso para enfrentar a Enel como deveria”, disse o deputado.

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Ao rebater as críticas do adversário, Ricardo Nunes afirmou: “O serviço funerário era um dos mais mal avaliados pela população de São Paulo. Nós fizemos a concessão. É assim que eu governo, é um governo liberal. Todos que estão no CadÚnico têm o acesso gratuito e podem pagar com 25% de desconto para o enterro social”.  

“Não adianta vir com esses temas que descontroem tudo o que a gente foi construindo. A concessão tem um contrato rígido e a gente vai continuar melhorando o serviço funerário”, concluiu o prefeito.

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Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”