Mais de 10 mil haitianos fugiram de ataques de gangues na última semana, diz ONU

As gangues intensificaram os ataques em várias cidades perto da capital, onde grande parte da cidade e seus subúrbios estão sob o controle de vários grupos armados violentos unidos sob a aliança Viv Ansanm

Reuters

Haitianos fogem de casa em Porto Príncipe 20/10/2024 (Foto: Ralph Tedy Erol/Reuters)
Haitianos fogem de casa em Porto Príncipe 20/10/2024 (Foto: Ralph Tedy Erol/Reuters)

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Porto Príncipe (Reuters) – Mais de 10.000 pessoas foram deslocadas internamente no Haiti na última semana, à medida que gangues armadas que operam dentro e nos arredores da capital Porto Príncipe intensificam os ataques em áreas que ainda não controlam, segundo estimativas da agência de imigração da ONU nesta quinta-feira (25).


A agência havia dito, no início de setembro, que mais de 700.000 pessoas estavam deslocadas internamente no país caribenho, quase o dobro do número registrado seis meses antes.


Na última semana, as gangues intensificaram os ataques em várias cidades perto da capital, onde grande parte da cidade e seus subúrbios estão sob o controle de vários grupos armados violentos unidos sob uma aliança comum conhecida como Viv Ansanm.

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O conflito está causando fome em parte da população, à medida que as gangues se apoderam das terras agrícolas e bloqueiam as rotas de transporte, enquanto as pessoas são forçadas a fugir de suas casas – muitas vezes para acampamentos improvisados – e não podem mais depender de uma renda estável para comprar alimentos.


Embora a ONU tenha autorizado uma força internacional para ajudar a polícia haitiana a retomar o controle, a missão tem recebido poucos recursos e produzido poucos resultados.


A liderança do Haiti solicitou que a força fosse convertida em uma missão formal de manutenção da paz para aumentar os recursos, uma iniciativa que foi bloqueada no mês passado pela China e pela Rússia.