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Os brasileiros movimentaram R$ 247,8 bilhões em criptomoedas entre janeiro e setembro deste ano, 24% a mais do que o total registrado no mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pela Receita Federal. O volume é um pouco menor do que o valor de mercado da Vale (VALE3).
A criptomoeda mais negociada no período foi a Tether (USDT), uma stablecoin (criptomoeda estável) indexada ao dólar. O total de operações com a cripto no período somou R$ 153,7 bilhões. Conforme revelado com exclusividade pelo InfoMoney no ano passado, a “cripto-dólar” tem sido usada para alimentar contrabando em SP. Há duas semanas, a Polícia Federal desmantelou um esquema que utilizava a moeda digital.
O Bitcoin (BTC), maior criptoativo por valor de mercado, aparece em segundo lugar, com R$ 35 bilhões em volume negociado entre janeiro e setembro, seguido da USD Coin (USDC), com R$ 9 bilhões, e Ethereum (ETH), com R$ 7,8 bilhões. Na 5ª posição está a stablecoin brasileira Brazilian Digital Token (BRZ), com R$ 5,9 bilhões.
Do total informado à Receita Federal, cerca de 66% foram negociadas por pessoas jurídicas em exchanges, 22% por pessoas físicas e jurídicas fora de corretoras (ou seja, via carteiras de tokens) e os 12% restantes por empresas e investidores do varejo em exchanges localizadas no exterior. Os dados levam em consideração apenas os valores declarados. Pessoas com menos de R$ 5 mil em criptos, segundo a legislação, não são obrigadas a informar ativos digitais ao órgão.
Faz tempo que o Bitcoin ocupa o segundo lugar na preferência do brasileiro quando o assunto é criptomoedas, inclusive em períodos de altas do ativo digital. Após longo período de baixa, o BTC vem valorizando em 2024, e analistas continuam apostando na retomada desse mercado, principalmente por causa das eleições nos EUA e da queda dos juros no país. No final de semana, por causa da diferença de câmbio, o BTC renovou sua máxima em reais.