Tesouro Direto bate maior aplicação mensal da história; veja títulos preferidos

Aportes em títulos públicos superaram R$ 8 bi em agosto, maior valor da série histórica. No período, os resgates somaram R$ 12.954,4 bilhões, outro recorde

Equipe InfoMoney

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Impulsionadas pelo apetite do investidor brasileiro por renda fixa, as aplicações em títulos públicos atingiram o maior valor mensal da história em agosto, com R$ 8,01 bilhões aportados em 716.115 operações do Tesouro Direto, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (21).

No período, os resgates somaram R$ 12.954,4 bilhões, também maior valor da série histórica, sendo R$ 2,98 bilhões relativos a recompras e R$ 9,97 bilhões a vencimentos, resultando em resgate líquido de R$ 4,94 bilhões.

Segundo o Tesouro, a maioria das aplicações (56,4%) foram de aplicações de até R$ 1 mil, e o valor médio por operação foi de R$ 11.190,66. Em agosto, o total de investidores ativos no programa, ou seja, com saldo em conta, atingiu 2.664.829 pessoas, e o número de cadastrados como um todo aumentou 16,2% em um ano, para 29.602.068.

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Houve, por outro lado, redução no estoque em agosto: R$ 141,5 bilhões, 2,6% a menos que no anterior.

Títulos preferidos

Os investidores mostraram preferência por títulos atrelados à inflação, e por títulos com vencimento entre 1 e 5 anos, que alcançaram 79,6% do total.

Aplicações no Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+, todos indexados ao IPCA, somaram R$ 4,05 bilhões em aportes, 50,6% do total, seguidos do Tesouro Selic, indexado à taxa básica de juros, com R$ 3,34 bilhões (41,7% das aplicações). Os papéis prefixados, que incluem o Tesouro Prefixado e o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, totalizaram R$ 622,2 milhões (7,8% do total).

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Os títulos que somaram o maior número de recompras pelo Tesouro (resgates antecipados) foram os indexados à taxa Selic, com R$ 1,79 bilhão, seguidos pelos atrelados à inflação, com R$ 876,0 milhões (29,4%), e os prefixados, R$ 313,1 milhões (10,5%).

Estoque

Os títulos remunerados por índices de preços se mantêm como os mais representativos do estoque, somando R$ 68,5 bilhões, ou 48,4% do total. Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 55,2 bilhões (39,0%), e os títulos prefixados, que somaram R$ 17,8 bilhões, com 12,6% do total.

Quanto ao perfil de vencimento dos títulos em estoque, a parcela com vencimento em até 1 ano foi de R$ 18,5 bilhões (13,1%). A parcela do estoque vincendo de 1 a 5 anos foi de R$ 74,6 bilhões (52,7%) e o montante acima de 5 anos somou R$ 48,4 bilhões (34,2%).