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O ex-ator da Globo – que ficou mais conhecido no papel de Perereca na novela “Malhação” – e da Record, Márcio Kieling, conta que, em 2014, quando terminou o contrato com a emissora de televisão paulista, foi em busca de algo que dependesse só dele. Assim, em 2020, em meio à pandemia, descobriu o trade.
“No começo eu precisava operar, não tinha dinheiro. O mercado artístico estava parado. Perdi R$ 1 mil. Era a única coisa que eu tinha”, recorda.
“Precisava de dinheiro. Na época pedi emprestado, um cara me emprestou 500 pratas, mas perdi de novo (no trade). E foi quase assim por três anos”, diz Kieling, considerando o seu primeiro período no trade como investimento em conhecimento. “Se não der lucro, ao menos aprendo”, pontua.
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Marcio Kieling participou do programa Arte do trade, no canal GainCast – ele também já contou sua história de vida no podcast. Atualmente, o trader é influencer da XP.
Rotina
“Minha rotina hoje é acordar, vestir meu filho e levá-lo à escola. Entre o trajeto, às vezes tem que passar no mercado, comprar alguma coisa. Mas já fico nervoso porque sai um pouco de minha rotina – gosto de estar sentado no computador umas 8h30 (para olhar o mercado)”, conta. Mas no passado não era bem assim.
“Nunca fui de seguir regras. A regra na carreira artística é chegar no estúdio com texto decorado. É a única que se tem. No mercado, o buraco é muito mais embaixo”, afirma.
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“Trabalho com meta. Encontrei meu perfil operacional dessa maneira. Tenho meta diária de ganhar entre R$ 500 e R$ 1 mil. Mas isso depende do mercado. Hoje (no dia da gravação) fiz 600 reais.”
Ele diz que só opera mini-índice e isso é outro aspecto que se encaixa com o seu operacional.
“O índice, se está 150 pontos para trás, ele é capaz de voltar tudo. No dólar é difícil voltar. A volatilidade do índice te permite acrescentar mais posições quando se está contra o meu preço. O mididólar não opero porque meu perfil não permite. Não tenho paciência para dólar”, ressalta.
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Taxa de acerto
“É difícil ensinar a maneira que opera. Isso é tempo de tela (do computador operando no mercado financeiro)”, acrescenta. O trader diz que sua taxa de acerto no trade é de mais de 70%.
‘Não tenho sangue de barata de tomar quatro stops (parada por perdas) seguidos diários. Há um mês tive quatro stops seguidos. Não estava bem da cabeça”, relata. Ele diz ter ficado dois dias sem operar na bolsa para se recompor.
Para Marcio Kieling, o que diferencia um trader ganhador de um perdedor é quando se sabe o que está fazendo. “Antes operava no achismo. Se me perguntassem, não saberia responder (o que estava fazendo na operação)”, diz.
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Para ele, o emocional na hora de operar para quem precisa extrair dinheiro do mercado, é similar a ter um “piano nas costas”.
“Hoje, não preciso do dinheiro do mercado. Ele é mais para completar minha renda, me dar um pouco mais de luxo. Então não preciso ganhar todo dia”, complementa.